Urbi et Orbi: Porquê Sociologia e porquê na UBI?

Joaquim Lima: Sociologia era uma das opções que tinha na altura. Por outro lado, havia poucas instituições com o curso de Sociologia e, com a nota que tive, calhei na UBI.

U@O: Valeu a pena ter calhado na UBI?

JL: Valeu a pena. Foi uma experiência fantástica, quer do ponto de vista académico, quer ao nível da componente humana, de desenvolvimento pessoal e criação de amizades. Foi um período muito bom da minha vida.

U@O: Como tem acompanhado a evolução da Universidade da Beira Interior?

JL: Quando eu entrei, a instituição estava a fazer um ano enquanto Universidade da Beira Interior. Alguns cursos ainda eram feitos previamente aqui, depois os alunos iam para o Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Eu entrei no primeiro ano do curso de Sociologia e já fizemos o curso todo aqui.

As coisas mudaram muito, a cidade mudou muito e a UBI cresceu muito. Hoje encontramos uma universidade não concentrada num único espaço, mas em vários espaços, com várias faculdades e em cada faculdade muitos cursos. Esta é uma realidade completamente diferente daquela que tínhamos há alguns anos. Quando eu entrei éramos cerca de 200 alunos no total, todos nós frequentávamos os mesmos espaços, por vezes com salas que combinavam alunos de vários cursos e era uma realidade completamente diferente. Hoje a universidade espalha-se pela cidade, com cursos novos que não existiam há uns anos.

U@O: Como tem sido o seu percurso profissional desde que terminou o curso de Sociologia na UBI?

JL: Quando saí da UBI fui fazer uma pós-graduação em Gestão Empresarial e quando terminei comecei por trabalhar na área da formação profissional, fui gestor de formação. Mais tarde, comecei a trabalhar na Associação Portuguesa da Cortiça, onde estou desde 1999 e onde sou atualmente o Diretor Geral.

U@O: Recentemente teve um conhecimento mais profundo da instituição, tendo feito parte do Conselho Geral da UBI. Que perspetiva lhe deu essa experiência?

JL: Eu integrei o Conselho Geral da UBI durante dois mandatos. Portanto, durante oito anos tive a oportunidade de acompanhar de perto a universidade ao nível da sua gestão. Foi um regressar à universidade com um olhar atento sobre os principais assuntos que eram vistos no Conselho Geral e foi uma experiência gratificante, por ser uma experiência nova para mim, pelas pessoas que conheci e por reencontrar pessoas que eram do meu tempo.

U@O: Que conselhos pode deixar a um aluno de Sociologia da UBI para vingar nesta área?

JL: Que trabalhe com empenho e que aproveite ao máximo todo o contexto de formação que uma universidade lhe permite ter, quer do ponto de vista das matérias, mas também pelo envolvimento que tem na UBI. A universidade é mais do que os livros, é mais do que o conhecimento, a universidade é também relação. Eu lembro-me bem de como me marcou todo o meu período universitário. Hoje tenho amizades que foram geradas nessa altura. Isso também faz parte da aprendizagem e do nosso crescimento.

Perfil:

Nome: Joaquim Lima

Naturalidade: Santa Maria da Feira

Curso: Sociologia

Ano de entrada na UBI: 1987

Filme preferido: “Roda Gigante”

Livro preferido: “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre

Hobbies: Cinema, ler e passear