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"Devemos sempre tentar tirar o lado bom das coisas"
Rafael Mangana · quarta, 14 de novembro de 2018 · UBI A ideia inicial era tirar o curso de Arquitetura, mas acabou por entrar em Design de Moda na UBI e o gosto por desenhar roupa foi mais forte, acabando por continuar e, mais tarde por tirar o mestrado nesta área. Andreia Santos é, hoje, responsável pelo departamento de Design da Grasil – Confecções. |
Andreia Santos |
21993 visitas Urbi et Orbi: Porquê Design de Moda e porquê na UBI?
U@O: Valeu a pena? AS: Sim, valeu a pena. Eu penso que se nós definirmos muito bem na nossa cabeça os nossos objetivos, valem sempre a pena as opções que tomamos.
U@O: O que recorda dos tempos da UBI? AS: Acho que estudava demais e podia-me ter divertido um pouco mais. Estudava muito, tinha sempre aquela ambição de ter boas notas e de ser boa. Recordo os colegas, a turma, os professores, e tenho saudades. Foram bons tempos. Por outro lado, uma universidade tem esta coisa boa de podermos conhecer pessoas de várias partes e para mim foi vantajoso estar em casa, porque consegui gerir melhor o tempo.
U@O: Como tem sido o seu percurso profissional desde que saiu da UBI AS: Fiz o estágio profissional na empresa onde estou, a Grasil - Confecções, gostaram de mim e fui ficando. Houve outras possibilidades de sair, mas fui ficando porque senti que podia crescer e a empresa também podia crescer com o meu conhecimento. Fui seguindo caminhos diferentes lá dentro, sempre fui designer, mas comecei como estagiária e depois consegui ficar encarregue da elaboração da nossa coleção própria. Passei também pela parte da qualidade, fui fazendo várias coisas diferentes, e neste momento a empresa já tem um departamento de Design e serei a responsável por este departamento.
U@O: Que conselhos poderia dar a um aluno da UBI de Design de Moda para ter sucesso nesta área? AS: Isso é muito relativo, porque depende muito daquilo que as empresas esperam de nós e daquilo que traçamos para nós como objetivos. No curso de Design de Moda há muito a ambição de termos a nossa marca própria, os alunos querem muitas vezes trabalhar num atelier de um designer já conceituado, e por vezes esquece-se esta vertente da indústria têxtil. Se conseguirem entrar na indústria têxtil já estão no mercado de trabalho e assim podem conhecer outras áreas e coisas que lhes vão ser úteis, como ir a feiras ao estrangeiro, contactar com fornecedores. Tudo isto pode ser um caminho para atingirem esse sonho, até porque nem sempre conseguimos ir logo para onde queremos. Portanto, para se termos sucesso, dependemos também da estratégia que traçamos. Eu sei que há muita gente que está no desemprego porque há pouca oferta, mas também muitos porque selecionam muito para onde querem ir, e na nossa área tem que haver uma maior versatilidade. Devemos sempre tentar tirar o lado bom das coisas.
Perfil: Nome: Andreia Santos Naturalidade: Sintra Curso: Design de Moda Ano de entrada na UBI: 2004 Filme preferido: “A estranha em mim” Livro preferido: “O Alquimista”, de Paulo Coelho Hobbies: Aprender línguas; desenhar; correr; viajar. |
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