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"Irei incitar os meus descendentes a virem para a UBI"
Rafael Mangana · quarta, 29 de agosto de 2018 · UBI Natural de Oleiros, a adaptação à cidade da Covilhã foi fácil e a escolha pela UBI foi natural, pela proximidade geográfica e pela inovação no ensino das Ciências Farmacêuticas. Em 2008, João Barata entrava na instituição que deixou em 2013, ano em que passados apenas dois meses da conclusão do curso encontrou colocação na sua área de formação. |
João Barata |
22003 visitas Urbi et Orbi: Porquê Ciências Farmacêuticas e porquê na UBI? João Barata: Ciências Farmacêuticas, porque vem no seguimento de um curso que tirei de Microbiologia. Fiz o estágio curricular na indústria farmacêutica, percebi que Ciências Farmacêuticas era um curso extremamente abrangente e que me permitiria trabalhar em várias áreas da Saúde, nomeadamente, indústria farmacêutica, farmácia comunitária, farmácia hospitalar ou análises clínicas. Portanto, teria várias saídas profissionais e muita probabilidade de conseguir emprego depois de sair para o mercado de trabalho. Escolhi a Universidade da Beira Interior, não só pela proximidade geográfica, mas também porque tinha um método de ensino diferente das demais faculdades clássicas a nível nacional, baseado em tutorias, em estudo de objetivos e em pesquisa bibliográfica dos conteúdos que eram lecionados por módulos, as chamadas unidades pedagógicas.
U@O: Contas feitas, valeu a pena? JB: Sem dúvida alguma que valeu a pena estudar na Universidade da Beira Interior e, muito provavelmente, irei incitar os meus descendentes a virem para cá.
U@O: O que é a UBI tem de tão especial? JB: A cidade onde está inserida, que permite que haja uma aproximação entre todos os alunos do curso e mesmo a ligação com outros cursos. É uma cidade extremamente acolhedora, não muito grande, mas também não é demasiado pequena, o que permite que haja uma proximidade física entre os vários polos da universidade, há proximidade com outros cursos, intercâmbio de ideias, há a possibilidade de sairmos à noite sem ter problema algum a nível de deslocação e de segurança. Portanto, há toda essa vivência proporcionada por aquilo que acaba por ser um mundo muito pequenino e que enriquece muito o nosso futuro.
U@O: E ao nível do mercado de trabalho, os profissionais desta área que saem da UBI são reconhecidos? JB: Sim, essa é cada vez mais a ideia que tenho junto dos empregadores, que me fazem propostas de trabalho ou que tentam procurar sempre pessoas provenientes da Universidade da Beira Interior. As pessoas conhecem os nossos métodos de ensino, que são muito abrangentes e, portanto, o empregador procura sempre pessoas com uma grande capacidade de autonomia, de liderança e de trabalho em grupo, que são os grandes pilares do ensino das Ciências Farmacêuticas na UBI.
U@O: Como tem sido o seu percurso profissional desde que concluiu o curso na UBI? JB: Dois meses depois de concluir o curso estava a trabalhar em farmácia comunitária como farmacêutico adjunto de uma farmácia no Alentejo ao mesmo tempo que dava formação de vários módulos na área da Saúde, o que me tem permitido ter continuidade nos estudos, por ter que ensinar alguém, portanto, permite-me continuar a acompanhar aquilo que estudei e procurar um novo conhecimento e, de certa forma, complementar a minha atividade profissional. Aquilo que eu desejo é ser um bom farmacêutico, portanto, estes cinco anos desde que terminei o curso foram extremamente benéficos e bem conseguidos pelos valores que a Universidade da Beira Interior me transmitiu.
U@O: Portanto, esta é uma área onde é importante os profissionais estarem em constante atualização de conhecimentos. JB: Claro. É uma ciência e está em constante evolução, todos os dias saem medicamentos novos. É importante estudar as moléculas que saem para o mercado, saber a sua aplicação, conhecer o risco/benefício da sua utilização pelos utentes, ter sensibilidade para com o utente e prestar-lhe um bom acompanhamento, para que ele tenha uma excelente qualidade de vida. É esse o grande objetivo do farmacêutico comunitário, mas também complementar a entrada no Serviço Nacional de Saúde, através de uma prestação de cuidados de saúde à comunidade de elevada qualidade, por via da medição de parâmetros bioquímicos na farmácia, um atendimento personalizado, consulta de desabituação tabágica. Portanto, nós prestamos um bom acompanhamento à população e é nisso que nos centramos.
U@O: Que conselhos pode deixar a um aluno de Ciências Farmacêuticas da UBI para vingar nesta área? JB: Acho que deve começar por procurar trabalho em zonas que sejam distantes do litoral - que é sempre para onde ninguém quer ir -, porque na zona interior do país conseguem-se bons salários, boa qualidade de vida, consegue-se exercer a profissão nos meios rurais, onde há uma proximidade maior ao utente. Acho que devem procurar zonas do país onde não haja tanta procura e onde há muita oferta, porque são zonas onde há cada vez maior dificuldade em fixar farmacêuticos e cada vez mais as pessoas ligadas à área têm dificuldade em encontrar profissionais, porque todos querem ir para o litoral, todos querem ir para Lisboa. Quem estuda na UBI, sabe o que é viver no interior e vai ser tão feliz como o é na Covilhã.
Perfil: Nome: João Barata Naturalidade: Oleiros Curso: Ciências Farmacêuticas Ano de entrada na UBI: 2008 Filme preferido: “Este país não é para velhos” Livro preferido: “Os Maias”, de Eça de Queirós Hobbies: Formação, jogar futebol, correr, BTT |
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