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Festival de Teatro acolhe oito companhias universitárias
Diana Serra Garcia · quarta, 21 de mar?o de 2018 · O 22º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior iniciou-se no dia 14 e vai acolher nove espetáculos teatrais de diferentes países, até dia 24 de março. O evento tem como palco principal o Teatro Municipal da Covilhã. |
Peça de teatro "A-NORMA-IS" - Crédito: Facebook Asta - Teatro e Outras Artes |
21985 visitas O evento organizado pelas companhias ASTA e TeatrUBI estreou-se com casa cheia. “A-NORMA-IS” foi a peça escolhida para iniciar este ciclo. De estilo contemporâneo, o espetáculo distinguiu-se pela sua forma visual, com um forte jogo de luz e fumo e pela intensidade de movimento e de ritmo. Sara Cruz, atriz do TeatrUBI, companhia composta por alunos da UBI, conta que esta foi a sua estreia pelo grupo e que fazer esta peça foi um desafio enorme. O que a aliciou a juntar-se à companhia foi o estilo contemporâneo que caracteriza os espetáculos e o seu conteúdo em aberto. “Nós nunca gostamos de descrever a peça porque gostamos que cada um tire a sua interpretação. Mesmo que não consiga encontrar um nexo ou um fio condutor queremos que o público consiga retirar certas partes e acima de tudo que as pessoas sintam alguma coisa e que as marque”, revela Sara. “O objetivo do espetáculo é que depois do final, com mais calma, porque a peça tem um ritmo muito acelerado, as pessoas reflitam, porque o espetáculo é uma critica sobre a vida, ou certas partes dela”, acrescenta. Pedro Fonseca, iluminador cénico, foi quem comandou a parte de efeitos visuais do espetáculo. “Nas peças contemporâneas e clássicas, a luz e o fumo tem um grande papel”, revela o técnico de luzes. “A questão do fumo e da luz é interessante porque permite criar efeitos, visualizar melhor o espaço cénico, focar uma parte importante e ajuda a criar âncoras a nível de leitura dramatúrgica ou de uma possível narrativa, apesar de nas peças contemporâneas existirem mil pontas soltas, que cada pessoa pega como quiser. O importante é apelar aos sentidos e às emoções”, explica o iluminador cénico. Janai Reis foi um dos espectadores da peça teatral e afirma que não está habituado a ver teatro, mas que ver o espetáculo “A-NORMA-IS” o surpreendeu pela positiva. “Fez-me pensar bastante, não sei bem em quê, ainda. Acho que é uma peça para não refletir durante a mesma, mas para levar para casa e refletir um pouco do que se passou”, conta o aluno da UBI Janai Reis. O espectador revela ainda que, sempre que existirem novas peças, terá muito gosto em regressar, porque é algo a valorizar. O 22º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior prossegue hoje, dia 21 de março, com o espetáculo “Nesse julho em que não cheirava a Verão”, apresentado pelo Fc-Acto da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O festival termina dia 24 com a peça “Pasar Nida”, apresentada pelo Grupo de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela. Portugal, Espanha, Itália e México unem-se pelo teatro durante 11 dias de espetáculos, no Teatro Municipal da Covilhã. |
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