Cerca de meia centena de pessoas assistiram, sábado passado, à inauguração da exposição “Um Ferreiro na terra do Ferro”, de Fernando Fernandes, e onde também marcou presença a vereadora da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, Regina Gouveia. Além da exposição de escultura, o Museu de Arte Sacra acolheu ainda a inauguração da exposição de arte mista “A Última Ceia”, a atuação do grupo de Cavaquinhos da Academia Sénior da Covilhã e uma prova de folares tradicionais.

Fernando Fernandes nasceu na vila do Soito e é lá que tem a sua oficina, onde faz as suas esculturas. O escultor trabalha o ferro com arte e engenho, criando as suas obras de arte. O ofício de ferreiro foi herdado dos antepassados. Já os pais, avós e bisavós utilizavam o ferro para produzir utensílios agrícolas.

Na vila onde o artista mora viveram outrora vários ferreiros, mas atualmente Fernando Fernandes é o único a praticar o ofício. Iniciou a prática de ferreiro fabricando objetos utilitários, mas depois surgiu o processo da criação de peças únicas saídas da imaginação do artista ou inspiradas no quotidiano.

A construção das esculturas também envolve a reciclagem, dado que Fernandes utiliza ferramentas gastas, desperdícios de ferro, como pregos já enferrujados, para construir as suas obras. Embora o ferro seja o material mais usado, a madeira e o granito são também matérias-primas que trabalha.

No decorrer do evento houve ainda a interpretação de músicas tradicionais pelo Grupo de Cavaquinhos da Academia Sénior e uma prova de folar e pão-de-ló com a colaboração das padarias da Ramalha e Pérola Doce.