O projeto “R2Pris - Prevenção da Radicalização nas Prisões”, que é liderado pela Universidade da Beira Interior através do Laboratório BSAFE e desenvolvido em estreita parceria com a IPS Innovative Prison Systems, foi escolhido, a par de outro projeto, para ser apresentado na Conferência sobre Radicalização nas Prisões promovida pela Comissão Europeia.

Esta iniciativa foi realizada no âmbito da Presidência búlgara da União Europeia e serviu para avaliar e recolher informação para decisão política a partir dos projetos realizados na área da prevenção e combate à radicalização e extremismo violento, que têm financiamento comunitário.

O R2Pris faz parte desse conjunto de projetos que procuram implementar ações que promovem a prevenção da radicalização em meio prisional - um dos maiores focos de produção de terroristas e extremistas violentos -, a desradicalização, bem como o desenvolvimento das ferramentas de avaliação de risco e de intervenção necessárias, temas que estão na ordem do dia a nível mundial.

Pedro das Neves, CEO da IPS, apresentou o trabalho desenvolvido durante os últimos dois anos e meio e as próximas ações, perante uma plateia onde se incluía a Comissária Europeia Věra Jourová, responsável na Europa pelas áreas da justiça, consumidores e igualdade de género e o Comissário Julian King, responsável pela segurança europeia.

“A conferência, para a qual foram convidados representantes dos serviços prisionais, de reinserção social, juízes e procuradores de toda a UE, permitiu dar visibilidade ao trabalho feito no âmbito do R2PRIS, nomeadamente no que respeita à bateria de instrumentos de screening e de avaliação de risco, bem como aos programas de formação desenvolvidos para os vários profissionais que trabalham no contexto penitenciário e que são uma necessidade em toda a Europa”, salienta Pedro das Neves.

O “R2PRIS – Prevenção da Radicalização nas Prisões” teve início em 2015, liderado pelo BSAFE LAB Law Enforcement, Justice and Public Safety Lab da UBI, envolvendo as administrações prisionais da Bélgica, Noruega, Roménia e Turquia, bem como o EuroPris, a organização europeia de prisões e a ICPA, a organização mundial do sector.

Tem como objetivo principal preparar profissionais que lidam com a população prisional a identificar e combater fenómenos de radicalização na sua fase inicial – de cariz ideológico – entre os detidos, para desta forma evitar posteriores comportamentos ou ações violentas.