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A vida e obra de Zeca
Francisco Nascimento · quarta, 28 de fevereiro de 2018 · Continuado
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![]() Zeca Afonso homenageado na UBI (foto: UBIMedia) |
22006 visitas Em março de 1974, José Afonso, um dos maiores nomes da música portuguesa, participou no primeiro Encontro das Canções, no Coliseu dos Recreios. Zeca Afonso cantou as músicas “Milho Verde” e “Grândola Vila Morena”, canção que um mês mais tarde deu o sinal da liberdade aos portugueses, através da Rádio Renascença, tendo-se tornado também um ícone da revolução. O cantautor português nasceu em Aveiro no dia 2 de agosto de 1929 e faleceu em Setúbal no dia 23 de fevereiro de 1987. Filho de um juiz e de uma professora primária, a sua infância foi vivida entre Angola e Portugal, tendo passado pela região de Belmonte, onde fez o ensino primário. Na vila beirã, Zeca Afonso dá também nome a uma rua. Em Coimbra, estudou Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras, e foi na cidade dos estudantes que Zeca Afonso começou a ganhar interesse pela música e conheceu diversos guitarristas conceituados. As dificuldades económicas levaram-no a trabalhar no jornal “Diário de Coimbra”, já depois do seu primeiro casamento. Foi por essa altura que o compositor lançou o seu primeiro disco de originais, em 1953. Foi também professor do ensino secundário, lecionando em diversas escolas do país, tendo abandonado a profissão por razões políticas. Zeca Afonso foi sempre um opositor firme ao regime de Salazar, tendo participado em vários congressos da Oposição Democrática. Já depois do fim da ditadura, é-lhe diagnosticado esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa que leva à morte. O compositor deslocou-se a diversos países de forma a encontrar uma cura, no entanto, sempre sem sucesso. Em 1983 fez os últimos concertos nos coliseus de Lisboa e Porto, tendo lançado um CD intitulado “Ao vivo no Coliseu”. Dois anos depois, lança o derradeiro disco, contudo, só dá voz a dois dos temas. Acaba por falecer no Hospital de Setúbal no ano de 1987. A sua obra nunca foi esquecida e os seus temas são ainda hoje interpretados por diversos nomes da música portuguesa, de forma a homenagear o que é considerado por muitos “o maior cantautor português”. |
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