A 13ª edição do festival de cinema da Universidade da Beira Interior, contou, no dia 14 de dezembro, com atividades durante todo o dia. Entre estas decorreu, ao mesmo tempo da mostra de escolas internacionais, um workshop de direção de arte, orientado por Maria Inês Santos, licenciada no curso de cinema nesta universidade.

Esta iniciativa teve mais adesão do que a que decorria em simultâneo, chamando dezenas de alunos, do curso de cinema para ouvir Maria Inês revelar o seu trabalho e algumas técnicas de direção de arte. Esta larga adesão deveu-se ao facto de o curso em questão não ter nenhuma cadeira relativa a esta área, como explica Jéssica Almeida, aluna de terceiro ano de cinema: "este workshop é bastante preciso, porque nós não temos nenhuma cadeira de direção de arte", considerando uma vantagem para os alunos, uma vez que "vão precisar de direção de arte no projeto, e se souberem isto a avaliação será muito melhor". 

O workshop começou com uma parte teórica em que Maria Inês explicou a importância das técnicas de direção de arte. Estas servem para que as personagens dos projetos sejam mais reais, e para que se crie uma relação mais séria com elas. É importante que as pessoas que as interpretam se sintam a personagem em questão e tanto as roupas como o seu aspeto e adereços são especificidades que devem ser trabalhadas nesse sentdo.

A licenciada ubiana ensinou aos alunos presentes a desgastar roupas, a fazerem sangue , suor e vómito falso, bem como, a caracterização de uma personagem. Para além disso, Inês ainda falou sobre como arranjar soluções para cenários quando não se tem orçamento, e ainda sobre a importância de referências, aquando da realização da direção de arte.

Relativamente ao festival, para Maria Inês Santos, e como ex-aluna do curso de Cinema, o "evento é muito positivo e está muito dinâmico, mais que nos anos anteriores e apresenta, também, um espírito de partilha muito benéfico pois é a partilhar experiências que aprendemos", realça ainda. Em relação ao workshop, a ubiana sentiu-se "lisonjeada" pelo convite. "Voltar à UBI para partilhar as minhas conquistas deixou-me contente". Na sua opinião, é importante ter antigos alunos da UBI a fazer formações, visto que já passaram pela universidade e tiveram de enfrentar dificuldades para trabalhar na área do Cinema, que é muito restrita. "Com os erros que fiz e com a minha aprendizagem vim ajudar os novos alunos a superar as suas dificuldades", declara.

Neste dia de Ubicinema decorreram, ainda, seminários de cinema, uma masterclass com Michelle Salles, um cinepaper e a competição de mestrado, onde foram revelados projetos realizados ao longo do primeiro semestre.