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Tinturaria acolhe a exposição “Sentires e Serenidades”
Sara Helena Silva · quarta, 13 de dezembro de 2017 · O evento visa atrair o público covilhanense a uma atividade cultural, encorajando à apreciação e interpretação da arte abstracionista exposta. |
22000 visitas Está aberta ao público uma exposição, da autoria da pintora Teresa Gaspar, até dia 7 de janeiro, na Tinturaria, Galeria de Exposições da Covilhã. Cerca de uma centena de pessoas marcaram presença na inauguração do evento, no dia 5, para apreciar as obras expostas e participar da visita guiada conduzida pela artista. A pintora, natural da Covilhã, optou por expor 89 dos seus quadros, inseridos numa forma de arte abstrata, que nem sempre foi a técnica que trabalhou. Teresa Gaspar afirma: “a mudança não foi por não gostar do que pintava antes, mas porque surgiu o desejo de experimentar algo novo.” Entre os quadros expostos estão “Nascimento” e “Renascer”, que, segundo a autora, marcaram a sua passagem para o abstracionismo. Para este género de pintura, usa a técnica de espátula e as tintas a óleo, uma vez que assim dispõe de uma palete de tons mais vasta e a secagem da pintura é mais lenta, o que permite obter as tonalidades pretendidas com mais facilidade. A artista tem o hábito de pintar em telas grandes. O seu quadro “Neblina”, o maior da exposição, é um exemplo desse gosto. Tem, no entanto, um conjunto de telas mais pequenas que diz ter sido “uma ideia recente” e que encarou como um desafio. Os preços dos quadros desta exposição variam entre os 50 e os 600 euros. No entanto, nem todos os quadros estão à venda. “Vender faz parte do processo, até porque tenho de sustentar a continuação da minha atividade como pintora e as telas, tintas e pincéis não são coisas baratas. Mas existem alguns quadros dos quais simplesmente não me consigo desfazer”, afirma Teresa Gaspar. O nome “Sentires e Serenidades” partiu do que a autora sente ao pintar. “A minha dedicação aos quadros e o silêncio em que gosto de trabalhar. Nesses momentos, sou só eu, as minhas emoções e o quadro, o resto desaparece. O objetivo é que o público, ao contemplar os quadros, obtenha as mesmas sensações que tive quando os fiz.” Anabela Castanho, que visitou o evento por “curiosidade em conhecer o trabalho da artista”, e gostou do que viu, e afirma: “gosto bastante deste estilo de pintura e de tirar tempo para contemplar os quadros e interpretá-los”. Cristina Rato é da mesma opinião, acrescentando ainda que “é uma pena que este tipo de evento não seja muito popular e que as pessoas não sintam curiosidade sobre algo relacionado com cultura. Vale a pena vir ver uma exposição como esta, aprende-se sempre algo.” A exposição conta também com quatro quadros que foram feitos em colaboração com alunos de escolas locais, o Jardim de Infância de Peraboa, a turma VR da Escola Básica (EB) de Vales do Rio, a turma D1 da EB de Dominguiso e a turma de ensino especial da Escola Secundária Frei Heitor Pinto. Estes quadros encontram-se num pequeno espaço à parte do resto da exposição, no qual também se encontram fotografias da atividade. Dentro do evento, a partir do dia 9 e até dia 22 de dezembro vão ser recebidas crianças dos ATL da cidade para tardes de atividades relacionadas ao Natal e à pintura, ensinando-os a dar os primeiros passos no trabalho com pincéis e tintas. A exposição, organizada a convite da Câmara Municipal da Covilhã, está aberta de terça a domingo, entre as 10 e as 18 horas. |
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