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Mapear as dificuldades
Jenifer Tang e Cláudia Fonseca · quarta, 6 de dezembro de 2017 · @@y8Xxv Um mapa, uma cadeira de rodas e uma universidade por explorar |
Participantes e mentor da atividade |
21995 visitas Com o programa Erasmus+ a completar três décadas, conhecer as condições de acolhimento oferecidas pelas Instituições de Ensino aos estudantes portadores de alguma deficiência física passou a ser um fator essencial. No âmbito da Social Inclusion Days, organizada pela Erasmus Student Network (ESN), a Universidade da Beira Interior foi cenário do Mapping Day, no dia 27 de novembro. Com o objetivo de mapear e detalhar a instituição em termos de instalações para alunos internacionais de capacidade reduzida, Diogo Monteiro, estudante de Mestrado em Engenharia Informática e mentor do programa ESN na Covilhã, encarregou-se do mapeamento. Para isso, trouxe consigo uma cadeira de rodas de forma a demonstrar aos participantes as dificuldades que podem ser encontradas. Com início na parte da tarde, a atividade teve como ponto de partida a Biblioteca do Polo Principal da Faculdade de Artes e Letras, e contou com a presença de alunos do programa de Erasmus. Como auxílio utilizou-se a MappED, uma aplicação de smartphone gratuita, que ajuda os estudantes de Erasmus a obter informações sobre as instalações e serviços da instituição a que concorre. Durante o percurso, que decorreu no Polo Principal, avaliaram-se rampas e elevadores, portas com tamanho suficiente para a passagem de uma cadeira de rodas, casas de banho adaptadas e verificou-se a existência ou inexistência de condições para pessoas com problemas auditivos ou visuais. Após a atividade foi possível concluir que “um estudante com problemas visuais terá mais dificuldade em orientar-se porque não existe um Mapa Braille”, um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e que um estudante com problemas auditivos “não dispõe de Sistemas de Loop nas salas de aula, de forma a ouvir melhor”, os professores, diz Diogo. Alexandra Purcel, estudante internacional proveniente da Roménia, considera que a atividade foi interessante porque permitiu “ver como é que as pessoas desabilitadas vivem todos os dias”, salientando que “existem situações que são muito difíceis para elas, mas muito fáceis para nós”. Na mesma linha de pensamento, Vlad Dediu, também estudante romeno, revela que a atividade foi muito boa e que, a partir daquele dia, “as pessoas desabilitadas estarão alertadas dos pontos fortes e fracos desta instituição”. Um dos participantes, Jan Gablovic, utilizou a cadeira de rodas como experiência durante o mapeamento e admite que “não é divertido, é muito difícil e estamos sempre a precisar de ajuda”. Esta atividade faz parte dos Social Inclusions Days e consiste num conjunto de eventos de voluntariado e de apoio a estudantes com capacidades reduzidas. Teve início no dia 9 de novembro, com o Dinner in the Dark e termina no dia 10 de dezembro. Organizadas pela ESN, iniciativas semelhantes decorrem várias vezes por ano, com o objetivo de integração dos estudantes de Erasmus.
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