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Colorir a lã na Semana da Ciência e da Tecnologia
Márcia Soares · quarta, 29 de novembro de 2017 · No âmbito da Semana da Ciência e da Tecnologia, a Oficina Têxtil da Real Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios promoveu um workshop sobre como se tinge a lã, os fios e os tecidos, destinado aos alunos dos ensinos pré-escolar e básico. |
Workshop "Colorir a Lã" |
21999 visitas "O museu de lanifícios tem um plano educativo que oferece actividades às escolas e aos jardins de infância. Procuramos proporcionar algumas actividades na área da indústria dos lanifícios de forma a que as crianças percebam aquilo que se fazia e como se fazia". O mote foi dado. A partir daqui, Andreia Alves, assistente técnica do museu, dirigiu o workshop "Colorir a Lã". Os corantes e mordentes, químicos ou naturais, são os responsáveis pelo tingimento da lã com diversas cores e tonalidades. Neste workshop, procurou-se mostrar aos mais pequenos as técnicas utilizadas para colorir a lã através de corantes naturais. Neste caso foi utilizada a casca da cebola por ser o método mais fácil e tradicional de colorir a lã em cor de laranja. A lã foi assim o produto de trabalho desta atividade por ser uma das marcas representativas da cidade neve, um município marcado pela história dos lanifícios. Maria Manuela Coimbra, educadora de infância, considera que é "fundamental" dar a conhecer aos mais novos a história da Covilhã, adiantando que "no fundo a história da cidade são as nossas raízes e as nossas raízes ajudam-nos a crescer e ajudam-nos a viver mais contextualizados". As crianças do Jardim de Infância "Lã e Neve" chegaram "empenhados em aprender e reviver as tradições", mostrando-se bastantes recetivos e curiosos durante o decorrer da amostra de transformação da cor da lã, refere a educadora de infância. O tema não era uma novidade, uma vez que as professoras já tinham falado sobre a lã e a sua transformação nos dias anteriores. O workshop surgiu desta forma como um "complemento" ao trabalho desenvolvido pelas educadoras na sala de aula, realça Maria Coimbra. Depois do workshop, os alunos tiveram ainda oportunidade de visitar o museu e conhecer os teares manuais, que despertaram particular curiosidade entre os visitantes. Aos mais novos foi lhes dada a oportunidade de experimentar o processo de tecer a lã de maneira a que aprendessem que é possível fazer as suas próprias peças de vestuário (camisolas, casacos, mantas, cachecóis…). Esta vertente natural, que permite aos miúdos esquecerem-se, um pouco, do mundo materialista em que vivem, agradou as educadoras, que realçaram ainda a importância destas atividades no contexto da comunidade de "eco escolas" que integram. Os conhecimentos apreendidos vão agora ser aplicados nos trabalhos que os alunos vão desenvolver no jardim de infância, realça a educadora Maria Coimbra. "Vamos fazer algumas experiências para ver se resultam tal como aqui resultaram (...) vamos tentar experimentar outros corantes", e assim continuar a aproveitar os "ensinamentos deste workshop de colorir a lã", revela. A atividade promovida no Museu de Lanifícios foi apenas uma entre as muitas que a Universidade da Beira Interior (UBI) organizou no âmbito da Semana da Ciência e Tecnologia promovida pelo Programa Ciência Viva. |
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