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"NÃO" à violência no namoro
Lucia Verissimo · quarta, 15 de novembro de 2017 · Foi na passada terça-feira, dia 7, que o Pólo de Engenharias e a 6ª fase contaram com mais uma atividade "Violência no namoro" da UBICOOL (plano universitário para combater a violência e o bullying), que junta a Universidade da Beira Interior com a Coolabora. |
Simulação de uma situação de violência no namoro no âmbito do projeto UBICOOL |
21995 visitas Rosa Carreira, responsável pela iniciativa que consiste na encenação de um episódio de violência em contexto escolar, explica que "o evento consiste em simular uma situação de violência no namoro. Há uma rapaz que vai agredir uma rapariga, mostrando que a quer dominar. Não vão haver agressões físicas, mas vai haver uma dominação por parte dele. A ideia é as pessoas que estão à volta aperceberem-se do que se passa e ver qual é a reação". A encenação visa não só alertar as pessoas para o que devem fazer em caso de sofrerem ou serem testemunhas de qualquer tipo de violência, uma vez que “há ainda muitos casos de violência no namoro e muitos deles são encobertos porque as pessoas acham que é normal e isso é ainda mais grave. Mesmo entre estudantes universitários, apesar de serem mais instruidos e sensibilizados, não há essa sensibilização e, portanto, é necessário sempre descobrir o que é que é a violência no namoro e contribuir para que as pessoas se libertem desse flagelo” explicou, admitindo ainda que outro dos objetivos era recrutar mais alunos voluntários, sobretudo rapazes. "Todos os anos inscrevem-se dezenas de voluntárias e dois, três, quatro voluntários” conta Rosa Carreira, cujo objetivo é “com base nesta cena convidar rapazes a juntar-se à UBICOOL.” “A violência sobre as mulheres ainda é muito maior do que sobre os homens. Os homens são educados para dominar e as mulheres são ainda educadas para ser dominadas”, explica Rosa Carreira quando questionada acerca de qual o sexo que, a seu ver, sofre mais de violência, acrescestando ainda que “a violência psicológica é transversal e acontec e mais”. Os protagonistas da cena, Tatiana Nogueira e Diogo Proença, revelam que “muitas pessoas não têm noção do que se passa na sociedade hoje em dia e é cada vez mais importante haver estas simulações para causar impacto e as pessoas se aperceberem de como devem intervir para combater este tipo de situações” . “Isto é um crime público, por isso qualquer pessoa pode fazer qualquer coisa para combater o que se está aqui a passar”. Diogo acrescenta ainda que “ a violência é uma mancha na sociedade que se faz cada vez mais escondida. Se quisermos pegar em coisas pequeninas e fazer um grande alarido, conseguimos fazê-lo.” |
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