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Vila do Carvalho vive momentos de terror
Sara Helena Silva e Ana Margarida Silva · quarta, 8 de novembro de 2017 · A população local tenta, usando a sua história e os seus mitos, atrair o público a um edifício assombrado, incutindo medo e interesse pelo mundo sobrenatural |
Fábrica abandonada |
21970 visitas No dia 31 de outubro, numa fábrica abandonada da Vila do carvalho, realizou-se pela primeira vez um evento de Halloween, o Complexo, organizado pela Associação Mystéria, a União de Juntas de Freguesia de Cantar-Galo e Vila do Carvalho e a NeverLate. Algumas dezenas de pessoas marcaram presença nesta comemoração do Dia das Bruxas. As atividades na fábrica consistiam em visitas de 10 minutos, em grupos e acompanhados por um guia, que funcionou até à meia-noite, ao Complexo do Terror. O evento contou também com um Baile dos Desconhecidos, das 21 horas às 4 horas da madrugada, com um código de vestuário obrigatório e música das décadas de 70, 80 e 90. Para a visita à fábrica, o bilhete tinha um custo de três euros, enquanto para entrar no baile apenas era preciso estar disfarçado, havendo a possibilidade de, pelo valor de um euro, adquirir uma máscara à entrada do evento. Houve grande adesão por parte dos participantes, e muitos foram já mascarados de casa, incluindo crianças. Durante o baile, a música esteve ao cargo do DJ Félix durante a maior parte da noite, tendo existido também uma atuação em palco de Ray Perry, músico contratado para atuar no evento, cuja exibição consistiu em covers de músicas do mesmo período. Já a decoração da sala preparada a festa foi feita de acordo com a ocasião, existindo enfeites nas paredes e figuras de cenário. Este evento de Halloween esteve aberto a público de todas as idades, exceto o Complexo do Terror, desaconselhado a menores de 12 anos. Carla Neves, uma participante na visita guiada à fábrica abandonada, diz ter tido impacto, principalmente devido aos risos e gritos que se ouviam. “Houve alturas assustadoras, mas recomendo a visita”, afirmou. Vítor Pereira também comentou positivamente a experiência: “Gostei bastante. Senti algum receio, porque algumas situações são parecidas com a realidade, mas o preço do bilhete vale a experiência.” Dália Diogo, residente na vila e figurante e participante na organização dos eventos Mystéria, diz achar esta ideia “atrativa e uma novidade para a vila, que merece evoluir”. Dália admitiu haver grande adesão aos eventos do projeto desde o início e que as pessoas reagiram bem devido ao meio mítico que envolve a Vila. Micael Olimpío, vice-presidente da Associação Mystéria, diz que “este evento de Hallowen foi uma experiência (…), não estava previsto. Muita gente não conseguiu assistir ao Complexo do Terror no verão, então resolvemos recriá-lo.” Já Pedro Leitão, presidente da Junta, disse que foi em 2017 que surgiu o objetivo de engrandecer o evento, sendo assim criada a Associação Mystéria, com marca registada, que abraçou o projeto Aldeia Mistério. Acrescenta ainda que “o objetivo é tentar pegar numa aldeia que está a sofrer perda de população e atrair turistas para algo diferente, fazendo deste projeto, que está a começar, algo que evolua para um projeto turístico de grandes dimensões.” A ideia para o projeto Mystéria surgiu em 2013, e esteve em desenvolvimento até 2015, ano em que se realizou a primeira edição do evento. |
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