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Extravagância, intensidade e um ritmo alucinante
João Botão dos Santos · quarta, 25 de outubro de 2017 · Os norte americanos “!!! (Chk Chk Chk)” atuaram no Fundão, onde apresentaram o novo álbum e deixaram um “rasto” de um concerto eletrizante que o público “não vai esquecer” |
21979 visitas Pode parecer mentira, mas a verdade é que os “!!! (Chk Chk Chk)”, uma das “melhores bandas do mundo ao vivo” colocaram o interior do nosso “pequeno” Portugal e nomeadamente o Fundão, que os acolheu no Octogono, na sua digressão mundial de apresentação do novo álbum “Shake The Shudder”. A cidade do Fundão e a Beira Interior figuraram assim ao lado de grandes capitais mundiais como Madrid, Paris e Londres. A banda Norte Americana esteve de regresso a Portugal com três datas (Lisboa, Fundão e Porto), para apresentar o seu novo álbum, o seu sétimo longa duração. O grupo reconhecido pela energia que emprega em palco, transformando cada concerto num momento único, conta já com 21 anos de “estrada” e cumpriu as expectativas de colocar toda a gente a dançar no Octogono. A “a dança é a nossa melhor vingança”, traduz-se de um dos singles do novo álbum da banda. Assim que os músicos subiram ao palco o ritmo começou automaticamente de forma eletrizante, como se esperava. No fim do primeiro tema, Nic Offer, vocalista do grupo apressou-se a chamar o público para junto do palco, as preces foram rapidamente acudidas e os fãs, de todas as idades, juntaram-se à banda para cantar, dançar e acompanhar a velocidade estonteante que se vivia no palco, em cada acorde e cada palavra cantada. O estilo inconfundível de Nic Offer, muito à imagem de Mick Jagger, aliado a uma extravagância em cada movimento do vocalista criavam uma energia alucinante que se propagava por todo o público. “Vocês estão bem, Fundão? Melhor que eu”, Lea Lea, a outra vocalista da banda, exponenciava, entre sorrisos, o perigo que um concerto de ritmo alucinante pode ter e as muletas que a amparavam, juntamente com a perna engessada, eram sinónimo de um pé partido no concerto de Lisboa, um dia antes. Uma lesão que não era, de todo, uma condicionante para a artista que não se coibia de dançar e levantar bem alto as muletas. Nic, por seu lado, fazia questão de saltar do palco e se juntar ao público para dançar ao ritmo do som eletrónico com claras influências Punk que não deixava ninguém indiferente no Octogono. “Gostamos sempre de tocar em novos sítios”, começou por afirmar Nic Offer no final do concerto. O vocalista da banda americana considera que o público português tem sempre uma boa energia e quando a banda recebeu o convite para tocar no Fundão, os músicos pensaram: “Porque não?”. No dia antes do concerto no Fundão, os Chk Chk Chk atuaram em Lisboa e Nic, não encontrou grandes diferenças no público que assistiu aos espetáculos, apesar da dimensão, bem diferente, das duas cidades. “Se calhar as pessoas aqui não estão habituadas a este tipo de eventos e vieram porque havia um concerto”, completou o vocalista da banda que acabou por não ter muito tempo para visitar a cidade do Fundão, mas que gostou da noite na capital e, à imagem de Madonna, de quem é fã, facilmente trocava os Estados Unidos da América pela capital portuguesa. “Não atingi os objetivos que pretendia”, confessou o programador cultural, Toni Barreiros, que esperava esgotar a sala do Octogono, mas apenas conseguiu “meia sala preenchida”. Ainda assim, Toni considera que o concerto “correu bem e o feedback do público foi muito positivo, ficou patente qual era o nosso objetivo”. O Open Sounds é um projeto que tem como objetivo levar o Fundão ao mundo e inverter a realidade que se vive no país no que toca aos concertos de bandas internacionais. “Não é fácil, o interior tem falta de pessoas, de público e aqui dependemos das pessoas para fazer e pagar os concertos”, defendeu Toni Barreiros, acrescentando que era “engraçado deixar de ir a Lisboa, ou ao Porto, ver estes concertos, mas é uma luta que se torna quase uma missão impossível”. De regresso ao concerto, e depois de tocarem vários temas do novo álbum, era tempo de ouvir dois dos “clássicos” da banda. “One Girl, One Boy” e “Must Be The Moon” criaram uma mistura entre a energia eletrizante e a nostalgia, o produto final continuava a dar muita dança e gargantas afinadas. O ritmo era alucinante ao ponto de Nic Offer tropeçar e dar um “trambolhão” em palco continuando a cantar, como se nada tivesse acontecido. A hora já ia longa, o concerto estava perto do fim, mas ao longo de pouco mais de uma hora o público presente no Octogono viveu um concerto eletrizante de uma banda que não se revê nas políticas do seu país. O Fundão terá agora um interregno de duas semanas sem concertos até à próxima edição do projeto “Sons à Sexta”, na Moagem, marcado para dia dez de novembro com “White Haus”, projeto de João Vieira, vocalista dos “X-Wife. “Na programação também temos algum cuidado em escolher as bandas, queremos que as pessoas se identifiquem com o projeto e tenho a certeza que este concerto vai esgotar”, defendeu Toni Barreiros, que divide claramente o projeto “Open Sounds” do “Sons à Sexta”. “No “Sons à Sexta” estamos a falar de um público completamente diferente, será um concerto quase para massas é uma sala de 150 pessoas que esgotará com facilidade”, concluiu. Pode parecer mentira, mas a verdade é que os “!!! (Chk Chk Chk)”, uma das “melhores bandas do mundo ao vivo” colocaram o interior do nosso “pequeno” Portugal e nomeadamente o Fundão, que os acolheu no Octogono, na sua digressão mundial de apresentação do novo álbum “Shake The Shudder”. A cidade do Fundão e a Beira Interior figuraram assim ao lado de grandes capitais mundiais como Madrid, Paris e Londres. A banda Norte Americana esteve de regresso a Portugal com três datas (Lisboa, Fundão e Porto), para apresentar o seu novo álbum, o seu sétimo longa duração. O grupo reconhecido pela energia que emprega em palco, transformando cada concerto num momento único, conta já com 21 anos de “estrada” e cumpriu as expectativas de colocar toda a gente a dançar no Octogono. A “a dança é a nossa melhor vingança”, traduz-se de um dos singles do novo álbum da banda. Assim que os músicos subiram ao palco o ritmo começou automaticamente de forma eletrizante, como se esperava. No fim do primeiro tema, Nic Offer, vocalista do grupo apressou-se a chamar o público para junto do palco, as preces foram rapidamente acudidas e os fãs, de todas as idades, juntaram-se à banda para cantar, dançar e acompanhar a velocidade estonteante que se vivia no palco, em cada acorde e cada palavra cantada. O estilo inconfundível de Nic Offer, muito à imagem de Mick Jagger, aliado a uma extravagância em cada movimento do vocalista criavam uma energia alucinante que se propagava por todo o público. “Vocês estão bem, Fundão? Melhor que eu”, Lea Lea, a outra vocalista da banda, exponenciava, entre sorrisos, o perigo que um concerto de ritmo alucinante pode ter e as muletas que a amparavam, juntamente com a perna engessada, eram sinónimo de um pé partido no concerto de Lisboa, um dia antes. Uma lesão que não era, de todo, uma condicionante para a artista que não se coibia de dançar e levantar bem alto as muletas. Nic, por seu lado, fazia questão de saltar do palco e se juntar ao público para dançar ao ritmo do som eletrónico com claras influências Punk que não deixava ninguém indiferente no Octogono. “Gostamos sempre de tocar em novos sítios”, começou por afirmar Nic Offer no final do concerto. O vocalista da banda americana considera que o público português tem sempre uma boa energia e quando a banda recebeu o convite para tocar no Fundão, os músicos pensaram: “Porque não?”. No dia antes do concerto no Fundão, os Chk Chk Chk atuaram em Lisboa e Nic, não encontrou grandes diferenças no público que assistiu aos espetáculos, apesar da dimensão, bem diferente, das duas cidades. “Se calhar as pessoas aqui não estão habituadas a este tipo de eventos e vieram porque havia um concerto”, completou* (áudio) o vocalista da banda que acabou por não ter muito tempo para visitar a cidade do Fundão, mas que gostou da noite na capital e, à imagem de Madonna, de quem é fã, facilmente trocava os Estados Unidos da América pela capital portuguesa. “Não atingi os objetivos que pretendia”, confessou o programador cultural, Toni Barreiros, que esperava esgotar a sala do Octogono, mas apenas conseguiu “meia sala preenchida”. Ainda assim, Toni considera* (áudio) que o concerto “correu bem e o feedback do público foi muito positivo, ficou patente qual era o nosso objetivo”. O Open Sounds é um projeto que tem como objetivo levar o Fundão ao mundo e inverter a realidade que se vive no país no que toca aos concertos de bandas internacionais. “Não é fácil, o interior tem falta de pessoas, de público e aqui dependemos das pessoas para fazer e pagar os concertos”, defendeu* (áudio) Toni Barreiros, acrescentando que era “engraçado deixar de ir a Lisboa, ou ao Porto, ver estes concertos, mas é uma luta que se torna quase uma missão impossível”. De regresso ao concerto, e depois de tocarem vários temas do novo álbum, era tempo de ouvir dois dos “clássicos” da banda. “One Girl, One Boy” e “Must Be The Moon” criaram uma mistura entre a energia eletrizante e a nostalgia, o produto final continuava a dar muita dança e gargantas afinadas. O ritmo era alucinante ao ponto de Nic Offer tropeçar e dar um “trambolhão” em palco continuando a cantar, como se nada tivesse acontecido. A hora já ia longa, o concerto estava perto do fim, mas ao longo de pouco mais de uma hora o público presente no Octogono viveu um concerto eletrizante de uma banda que não se revê nas políticas do seu país *(continuado). O Fundão terá agora um interregno de duas semanas sem concertos até à próxima edição do projeto “Sons à Sexta”, na Moagem, marcado para dia dez de novembro com “White Haus”, projeto de João Vieira, vocalista dos “X-Wife. “Na programação também temos algum cuidado em escolher as bandas, queremos que as pessoas se identifiquem com o projeto e tenho a certeza que este concerto vai esgotar”, defendeu Toni Barreiros, que divide claramente o projeto “Open Sounds” do “Sons à Sexta”. “No “Sons à Sexta” estamos a falar de um público completamente diferente, será um concerto quase para massas é uma sala de 150 pessoas que esgotará com facilidade”, concluiu. |
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