Contam-se 31 anos de Universidade da Beira Interior e 30 de NINF. Aquele que é o núcleo de estudantes mais antigo da universidade, tornando-se, assim, um símbolo da mesma, chega à terceira década e traz consigo Jornadas, apresentação de laboratórios, momentos de convívio e ações de solidariedade. Tudo na mesma semana.

As Jornadas de Informática, que chegaram este ano à 28ª edição, deram início às comemorações. Durante dois dias, oradores e empresas do Porto, de Lisboa e da região do Interior apresentaram os seus projetos e discursaram acerca de temas da atualidade do mundo digital. Para Rui Santos, vice-presidente do NINF, a realização desta iniciativa anualmente é já uma "obrigação", tendo em conta a responsabilidade que sentem em ajudar no desenvolvimento dos estudantes: "Penso que é um evento bastante importante, quer para o NINF, que é a organização, quer para o departamento e para a faculdade, porque permite-nos enriquecer os conhecimentos dos alunos e prepará-los para o futuro e para o mercado de trabalho com muito sucesso, esperamos nós".

Dos representantes das empresas convidadas, havia quem tivesse sido ex-aluno do curso e até mesmo quem fosse um ex-membro do NINF. David Mota, atual responsável pela área de desenvolvimento da bizdirect é um desses casos. Vice-presidente do NINF enquanto decorria o ano de 2009, diz ser uma "sensação muito boa" aquela que se vive ao verificar como as coisas têm prosseguido. "A sensação é ótima. Dá para ver que muita coisa evoluiu e que os meios também são outros, mas o trabalho que se faz aqui parece-me ser muito bom. Vê-se que os alunos continuam empenhados em tentar trazer as empresas para cá. Acho que há sempre muito mais que se pode fazer, mas parece-me bem. Estão a fazer um bom trabalho", afirma. Cerca de oito anos separam o seu mandato do atual, mas o objetivo principal mantém-se: "O NINF sempre funcionou muito bem. Dependia sempre muito do Departamento de Informática e do Centro de Informática, porque o apoiavam muito, mas o que nós fazíamos era isto mesmo, era tentar aproximar as empresas do curso, dos professores e do departamento".

Conhecedor das realidades vividas durante o período da licenciatura e da vontade existente entre os estudantes de ver o curso reconhecido no mercado nacional e internacional, David Mota explica que essa não é uma função exclusiva da universidade ou do departamento e deixa uma recomendação a todos os alunos: "Não se prendam só a fazer o curso, só as cadeiras, porque isso todos fazem; é preciso é que os alunos façam algo mais do que só o curso".

"O NINF é de todos nós" é o lema que perdura nesta semana de comemorações. As visitas aos laboratórios, a serem realizadas hoje, vão "mostrar tudo aquilo que tão bem tem sido feito pelo departamento". Os convívios, que irão decorrer amanhã (um lanche na sexta fase e uma festa num espaço noturno da cidade), pretendem aproximar e fortalecer os laços de todo o departamento. Aliado a isto, durante a semana decorre uma recolha de bens alimentares para as vítimas dos incêndios de 2017, uma iniciativa de cariz solidário que realça a importância do núcleo também para a comunidade. "Este não é o primeiro evento, neste mandato, em que temos esta preocupação solidária. De facto, estamos a faze-lo também nas Jornadas, porque é o ponto alto do mandato do NINF. Uma vez que estamos em maior contacto com a nossa área, quisemos aproveitar este evento para tentarmos angariar o maior número de bens e conseguirmos ajudar, mas queria salientar que foi desde o início uma intenção nossa ajudar não só as pessoas pertencentes à UBI e à Covilhã, mas também de todo o país", explica Rui Santos. Eventos anteriormente organizados pelo Núcleo de Informática já contaram com recolhas de bens que foram doados às vítimas do incêndio de Pedrogão Grande.

Para o vice-presidente do NINF, vontade de trabalhar, espírito de sacrifício e espírito recreativo são as principais características a procurar naqueles que pretendem fazer parte do núcleo. "Penso que hoje em dia já não há tanto o espírito recreativo. Por isso, relativamente às pessoas que nós incluímos no NINF, procuramos que tenham esse espírito para terem vontade de fazer mais e melhor, porque isso é que é importante. É preciso ter vontade de melhorar e isso é que faz com que os eventos que nós criamos tentem ser sempre superiores aos do ano anterior", conta. Rui Santos considera ainda que os alunos reconhecem o trabalho que tem sido feito no núcleo e verifica que estes se mostram cada vez mais interessados em fazer parte da equipa: “Em dezembro de 2016 sentimos essa vontade de quererem fazer parte, visto que já não existiam eleições para aí há seis anos, salvo erro, e no ano passado houve duas listas a concorrer”.

Destacando a 28ª Edição das Jornadas de Informática e a 20ª Edição da Lan Party como pontos altos do mandato, Rui Santos, que soma o seu quarto ano como membro do NINF, vê neste tipo de eventos de sucesso exemplos que “dão cada vez mais força para continuar”.