Urbi et Orbi: Como é que um jovem da República Democrática do Congo vem estudar para a Covilhã?

Mukandu Kabandu: Ganhei uma bolsa da Calouste Gulbenkian para fazer Engenharia Têxtil e foi assim que vim parar à Covilhã.

U@O: Uma das apostas da UBI tem sido a internacionalização. Sendo o primeiro aluno africano da instituição, como vê esta dinâmica atual de alunos internacionais?

MK: Acho muito bem. Mesmo para África, este intercâmbio é muito importante para contribuir para o desenvolvimento dos países, mas também para a comunidade da UBI, que tem contacto com alunos de outras origens.

U@O: O que recorda dos tempos da UBI?

MK: Foram dos melhores tempos da minha vida. Fui fundador da Associação de Estudantes e toda a gente gostava de mim. Foram tempos muito felizes.

U@O: Considera que é uma vantagem, até para as pessoas se conhecerem, a UBI estar inserida numa cidade pequena como a Covilhã?

MK: Tudo depende de cada pessoa. Por exemplo, alguém que estude em Lisboa tem a vantagem de ter tudo à mão, mas aqui há a vantagem da proximidade entre as pessoas e penso que acaba por ser mais fácil de estudar e acabar os cursos.

U@O: Como tem sido o seu percurso desde que terminou o curso na UBI?

MK: Comecei por ir para França, trabalhei sempre na indústria, mas hoje sou formador na área da Engenharia Têxtil.

U@O: Que conselhos deixaria a um atual aluno da UBI para ter sucesso?

MK: Amar. Para se ter sucesso é preciso amar o que se faz. É preciso fazer as coisas com dignidade e, sobretudo, amar o que se faz e, desde logo, a Universidade da Beira Interior. É uma grande instituição.

Perfil:

Nome: Mukandu Kabandu

Naturalidade: República Democrática do Congo

Curso: Engenharia  Têxtil

Ano de Entrada na UBI: 1982

Filme preferido: Todos os filmes relacionados com a Segunda Guerra Mundial, que marcou o início da Ciência e da Tecnologia.

Livro preferido: Gosto de todos os livros que estejam relacionados com a minha área.

Hobbies: Dar explicações de Matemática