Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Reitor quer mais docentes a tempo inteiro na UBI
Rafael Mangana · quarta, 18 de outubro de 2017 · @@y8Xxv No discurso de abertura solene do Ano Académico 2017/2018, António Fidalgo deixou o desejo de diminuir o número de docentes convidados com contratos de trabalho temporário na Universidade da Beira Interior. |
António Fidalgo pretende ver melhorada a situação dos docentes da UBI |
21976 visitas "Não é esta a universidade que quero e que, creio que todos nós queremos que a UBI seja: uma universidade com um corpo docente inteiramente dedicado à missão de ensinar num ambiente de investigação", sublinhou António Fidalgo na última quinta-feira, 12 de outubro. Durante o discurso de abertura solene do Ano Académico 2017/2018, o Reitor abordou esta "consequência gravosa do subfinanciamento da universidade: a demasia de docentes convidados a 50 por cento com contratos temporários em alguns departamentos". António Fidalgo lembrou, ainda, que "entre os docentes convidados há situações completamente distintas", como na área das Ciências da saúde, em que essa situação acaba por ser normal uma vez que os docentes são médicos de carreira. "O problema coloca-se quando jovens e menos jovens docentes gostariam de, por vocação, dedicar-se inteiramente à universidade e o que se lhes pode oferecer são contratos parciais e temporários. Isso acontece sobretudo nos cursos de criação mais recente como Design Multimédia, Design de Moda, cinema, Arquitectura, Ciência Política e Relações Internacionais". Há ainda, segundo o Reitor, a necessidade de rejuvenescimento do corpo docente da UBI, nomeadamente, nos departamentos de Física, Química, Engenharia Têxtil e Engenharia Electromecânica. "Claro que queremos contratar docentes e, mais do que querer, precisamos de os contratar. Neste momento estão a decorrer concursos para sete vagas de professor auxiliar e iremos abrir mais até final deste ano civil. Iremos tão longe quanto os condicionamentos do subfinanciamento crónico da universidade nos permitirem", garantiu. As transferências do orçamento de Estado para a instituição têm vindo a ser diminuídas desde 2010 e a UBI não submeteu a proposta para 2018 à Direção Geral do Orçamento e após a reunião com a Comissão de Cultura e Ciência na Assembleia da República, António Fidalgo mostra-se esperançado quanto ao futuro. "A previsão é de que vamos encerrar o ano 2017 com um défice orçamental de um milhão e 250 mil euros. Esta é a realidade, o garrote financeiro que ameaça seriamente a UBI. Não luto por mais financiamento para ter mais dinheiro em caixa ou mais saldos. Luto por um orçamento justo, que não nos discrime face a outras instituições de ensino superior, para podermos contratar mais professores, rejuvenescer o nosso quadro docente e prestar um melhor serviço e formação aos nossos estudantes", vincou o Reitor. Apesar desta conjuntura financeira, "é com grande alegria que vejo a universidade cheia de vida neste início de ano lectivo. Das 1245 vagas disponíveis no concurso nacional de acesso vimos preenchidas na primeira fase 1186. A estes somamos os mais de 200 alunos já inscritos ao abrigo do estatuto de estudante internacional. Nunca como agora houve tanta vida dentro da UBI. Temos as residências de estudantes completamente cheias e com listas de espera, cantinas e bares com fila à hora das refeições. E nunca como hoje foi a vida da cidade marcada pelo ritmo académico", garantiu António Fidalgo. O presidente do Conselho Geral da UBI deixou também algumas palavras aos estudantes. "Quando passeamos pelas ruas da Covilhã e os corredores e salas da UBI não fica dúvida de que aqui encontrarão tudo o que procuram, estão reunidas todas as condições para que todos esses estudantes aqui passem anos felizes, de formação de uma personalidade madura e de preparação de um percurso pessoal de plena realização humana e profissional", afiançou José Ferreira Gomes. "A universidade é uma instituição que se pretende permanente, é assim porque recebe jovens adultos que vão transportar a etiqueta da educação superior ao longo das vidas – que desejamos longas - e por educação não significa apenas o ensino, que é muito importante, naquela fase da vida a fixação quase em definitivo da personalidade depende globalmente de uma experiência que é, pela sua natureza, educativa, que vai moldando a personalidade nesta fase final da formação. Por isso é tão importante a experiência dos estudantes, a sua vivência nas salas de aula e nas bibliotecas, mas também a sua vivência nas 24 horas dos dias passados na Covilhã. Criar as condições para uma experiência mais rica é responsabilidade da UBI mas é também responsabilidade da cidade e da região", considerou o presidente do Conselho Geral. Presente na cerimónia esteve também a presidente da Associação Académica da UBI (AAUBI), que garantiu que "a Associação estará aqui sempre para o que for necessário, reivindicando sempre os direitos, mas também os deveres dos alunos que representamos e que compõem esta universidade. Esperamos continuar a reafirmar a nossa ambição e o nosso sentido de querer sempre mais para esta nossa casa e esperar que para as demais gerações este sentimento nunca se altere. Estaremos aqui e não nos descartamos destas responsabilidades, sendo também os órgãos responsáveis por elevar e manter esta universidade na vanguarda". Raquel Bento lembrou que "a UBI é, cada vez mais, um polo de desenvolvimento, inovação e fixação de jovens no Concelho da Covilhã, é uma das instituições públicas mais importantes desta cidade e deve ser apoiada e auxiliada para o cumprimento das funções". A Oração de Sapiência proferida durante a Abertura Solene do Ano Académico 2017/2018 esteve a cargo de Manuel Loureiro, Professor Catedrático do Departamento de Psicologia e Educação, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UBI, sob o título "Ciência Psicológica: Presente e Futuro".
|
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|