O entorno do Jardim Público de Covilhã recebeu no último sábado, 14, mais uma edição da Feira de Produto Locais Troca a Tod@s. O evento que já é realizado há três anos na cidade é uma iniciativa do grupo Coolabora. Esta edição contou com cerca de 60 expositores, que comercializaram produtos variados como roupas, artesanato e legumes orgânicos.

O evento possui como objetivos dinamizar a economia local, consciencializar as pessoas sobre as questões da sustentabilidade e sobre o valor do dinheiro, e como explica uma das organizadoras do evento Antônia Silvestre “nasceu para mediar trocas e não para a acumlação”. Antônia também explica que ao adquirir produtos na feira “estamos a encurtar o percurso que os produtos possuem até chegar a nós, e no fundo valorizamos as pessoas que conhecemos e a história delas, a história do produto assim  tem mais sentido para nós”, assinala.

Pensando a respeito da valorização do dinheiro e dos produtos comercializados na feira a organização do evento criou uma moeda social, o tear, que é utilizado para mediar as compras entre consumidores e produtores. Inspirados por outras iniciativas já existentes na Europa, o grupo troca a tod@s decidiu criar a sua própria moeda social. “Porque quando mediamos uma compra através da moeda social conseguimos ter um valor mais justo. Sinto que há justiça na troca realizada pelo tear”, explica Antônia Silvestre.

 Além da oportunidade de adquirir produtos diretamente com os seus produtores e expositores, a feira proporcionou aos que passaram pelo local entre às 14h e 18h deste sábado atividades de integração e animação. Destacando-se a realização de workshops de origami e pinturas faciais, além da participação de grupos de dança e artes marciais que animaram o evento.

A primeira edição do evento foi realizada em 2014 e desde então a Feira de Produtos Locais Troca a Tod@s vem sendo realizada com, no mínimo, quatro edições ao longo do ano. Foram anos de aprendizagem que trouxeram aos organizadores mais tranquilidade para a realização da feira. Como explica Antônia Silvestre “já estamos a ficar um pouco mais à vontade na organização dos eventos, pois começou a tornar-se mais orgânica a forma de se organizar”.