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Exposição assinala implantação da República
Daniela Fernandes · quarta, 11 de outubro de 2017 · No âmbito das comemorações do 107º aniversário da Implantação da República, a Câmara Municipal da Covilhã promoveu e “abriu portas” à exposição do trabalho mais recente do artista José Veiga Freire – “Presidentes da República”. |
Exposição de José Freire - alguns dos Presidentes da República representados em azulejo alicatado |
21979 visitas Foi com umas breves palavras do Vereador da Câmara Municipal da Covilhã, Jorge Manuel Torrão, que se deu início à exposição de José Freire. O vereador enfatizou o dia da Implantação da República como “um dia muito representativo de uma Nação que se fez e que quis ter o seu próprio caminho” e elogiou José Freire, prezando a obra em exposição do artista. Com o trabalho “Presidentes da República”, José Freire representou os vários Presidentes da República Portuguesa, de 1910 até ao atual, através de pinturas em azulejos alicatados. Estas estiveram expostas ao público, pela primeira vez, no passado 5 de Outubro, no átrio do Edifício da Câmara Municipal da Covilhã, onde irão continuar até ao próximo mês. José Veiga Freire, natural do Fundão, iniciou os seus trabalhos há cerca de 25 anos. Começou a interessar-se por esta arte e a fazer as suas primeiras pinturas, naquilo que diz ter começado “sem intuito nenhum, era apenas um hobbie”, confessa o fundanense. Porém, hoje possui um atelier em Azeitão e já contou com várias exposições um pouco por todo o país – tendo sido a Covilhã, já por várias vezes, palco de mostras das suas obras. Intitulando-se como “artista de uma outra arte”, José Veiga aproveita pedaços de azulejos alicatados e recria pinturas ou desenhos de artistas conhecidos, tendo feito também algumas criações próprias. Hoje conta já com cerca de 500 peças. O artista revela-nos que a obra “Presidentes da República”: “foi um trabalho com pouca necessidade de concentração, aquilo que eu chamo de trabalho retilíneo onde não foi preciso fazer qualquer tipo de nuances (…) e onde associei a caricatura à fotografia”. No entanto, refere que houve alguns trabalhos, feitos anteriormente, que lhe exigiram mais tempo – o caso da recriação dos Painéis de São Vicente de Fora, uma obra composta por seis painéis, que no seu conjunto tinham três metros e meio de comprimento e que demoraram cerca de um ano a ser feitos pelo artista. Rui Freire, irmão de José Freire, diz ser um grande admirador da obra: “Gosto imenso do trabalho do meu irmão (…) sei que sou suspeito, mas ele faz coisas magníficas, tem obras muito interessantes”. Elogios também não faltaram da parte dos que visitavam a exposição. É o caso de Maria Otília Fragoso, que pela primeira vez viu um trabalho de José Freire. “Acho interessante esta exposição, é uma boa forma de comemorar mais um aniversário da Implantação da República, representando todos aqueles que já nos governaram. Sou do tempo de alguns destes presidentes que aqui estão recriados nestes azulejos, por exemplo o General Carmona, do qual me recordo perfeitamente. É impressionante todo este trabalho pormenorizado.” Outro ponto alto do evento foi também a participação da Banda da Covilhã e a atuação dos músicos Renato Folgado e Margarida Geraldes, que brindaram todos os presentes com interpretações muito próprias da música portuguesa. |
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