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Vitor Pereira vence com maioria absoluta
Rafael Mangana · quarta, 4 de outubro de 2017 · Vítor Pereira foi este domingo, 1 de outubro, reeleito como presidente da Câmara da Covilhã. Com 46, 41 por cento dos votos, o Partido Socialista alcançou assim a maioria absoluta, elegendo cinco mandatos na autarquia covilhanense. |
Vítor Pereira sublinhou resultado "histórico" no discurso de vitória |
21972 visitas "Desde 1982 que o PS não renovava um mandato, e ainda por cima com esta maioria histórica quer do ponto de vista da expressão da vontade popular, quer da novidade que é relativamente ao passado", sublinhou Vítor Pereira no discurso de vitória. O socialista foi eleito para um segundo mandato à frente dos destinos da Câmara da Covilhã, alcançando a maioria absoluta, com 46, 41 por cento da votação. "Eu não quis a maioria absoluta para mim, quero pô-la ao serviço da Covilhã, quero que a Covilhã beneficie desta maioria absoluta, e esta maioria absoluta não significa que vá silenciar as oposições, eu quero ouvir as oposições", referiu Vítor Pereira. "Precisamos de uma oposição construtiva. Isso é fundamental", reforçou. O autarca aproveitou ainda para sublinhar que "na Covilhã, a partir de hoje, dinossauros só no museu". Na segunda posição ficou o movimento independente de Carlos Pinto, "De Novo Covilhã", com 18,16 por cento e um vereador eleito. Na noite das eleições, o ex-autarca afirmou que não vai assumir o cargo de vereador, mas que vai "andar por aí". "Nós temos um número de votos imenso, há muita gente envolvida, gente nova com vontade de fazer política, vamos falar e ver o que acontece. Certamente não acontecerá o que aconteceu há quatro anos atrás em que o movimento independente desapareceu, não esteve na vida política municipal e saiu sem qualquer ponta de dignidade", lembrou o candidato derrotado. Carlos Pinto ainda um aviso enigmático: "há factos e acontecimentos que aí virão que vão deixar muitos dos que hoje tiveram a sua opção livre e democrática questionando-se sobre essa posição que tomaram nas eleições de hoje". No terceiro lugar, o CDS-PP alcançou a maior votação de sempre na Covilhã, com 15, 10 por cento, elegendo um vereador. Adolfo Mesquita Nunes promete defender o projeto que apresentou aos covilhanenses "de forma positiva". O candidato do CDS-PP sublinhou que este "foi um resultado em que aumentámos 500 por cento a votação do CDS, é um resultado histórico e que nos responsabiliza perante os covilhanenses". Em sentido inverso, o PSD – que concorreu em coligação com o PPM - não elegeu nenhum representante no executivo, algo que acontece pela primeira vez. Com a votação de 7,37 por cento, Marco Baptista assumiu a derrota, reconhecendo que o resultado não foi o esperado. "Claramente que não. Estamos significativamente abaixo do último ato eleitoral, eu pessoalmente assumo as responsabilidades deste resultado, fizemos uma campanha limpa, transparente com propostas que iremos continuar a fazer na assembleia municipal", sublinhou. Com 6,21 por cento, a CDU deixa de estar representada na câmara municipal da Covilhã e perde ainda um deputado na assembleia municipal. Apesar dos resultados, a líder da candidatura, Mónica Ramôa, assegura: "nós não estamos na câmara mas estamos na assembleia municipal onde continuaremos a fazer o nosso trabalho. Desse ponto de vista a população da Covilhã não ficará órfã", garante. "Agora, achamos que é um prejuízo para o nosso concelho a CDU não ter uma maior representatividade nos órgãos autárquicos". No último lugar da votação surge o Bloco de Esquerda, com 2,18 por cento dos votos. O líder da candidatura, João Corono, considera que na vitória do PS "funcionou muito o voto útil, que se deve ao aparecimento da candidatura de Carlos Pinto. Houve uma bipolarização, foi dizer que não queriam mais voltar aos negócios ruinosos que a gestão anterior levou". Quanto à abstenção, o concelho da Covilhã contou com 38,14 por cento. Relativamente à composição do novo executivo, Vítor Pereira assume a presidência, José Armando Serra dos Reis, Regina Gouveia, José Miguel Oliveira e Jorge Gomes são os restantes vereadores eleitos pelo PS. Na oposição foram eleitos Carlos Pinto, do movimento "De novo Covilhã" e Adolfo Mesquita Nunes, do CDS-PP. |
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