Joaquim Antunes faz fotografia de natureza, especialmente de aves, há mais de 30 anos. Filho de uma colecionadora de aves, Joaquim traz desde a infância uma forte curiosidade com o universo dos pássaros e passou a canalizá-lo através das suas fotografias.

Heverton Maciel: Qual a dificuldade em selecionar apenas 38 fotografias para uma exposição como essa dentro de um acervo de mais de 30 anos?

Joaquim Antunes: É uma dificuldade. Mas há um objetivo na exposição que é mostrar aves na Beira Baixa. Isso limita as espécies que cá podemos pôr. Em Portugal há cerca de 440 espécies, contando com as de correntes migratórias. Já na Beira Baixa há um número entre 230, 240 espécies. Com isso, ficou um número restringido. Depois, procurei escolher as que são menos comuns, mais difíceis de observar. Ou ainda as que são mais bonitas. Mais espetaculares. Ou ainda, as que dizem alguma coisa do imaginário popular dessa região.

HM: Quais os métodos que mais auxiliam um fotógrafo de aves nesse processo de captura?

JA: Normalmente a fotografia de aves exige algum equipamento; uma lente, um zoom. Há técnicas para se aproximar delas: Tomá-las de salto, passo a passo, se aproximando até o limite de segurança das aves e por fim a fotografia de abrigo que consiste em se esconder, de modo camuflado, em uma lona, uma estrutura, que permita a ave se aproximar sem medo. De resto, é preciso uma boa lente, uma boa câmera.

HM: O que podemos esperar dos próximos passos da sua fotografia?

JA: A organização e a publicação de um livro sobre aves da Beira Baixa. 

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