Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
UBI com mais de 95 por cento das vagas preenchidas
Rafael Mangana · quarta, 13 de setembro de 2017 · @@y8Xxv São 1.186 os novos alunos da UBI. A 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso confirmou a maior percentagem - mais de 95 por cento - de preenchimento de vagas dos últimos anos. |
Eduardo Cruz foi o primeiro a matricular-se na UBI para o ano letivo 2017/2018 |
21989 visitas Eduardo Cruz foi o primeiro "caloiro" de 2017/2018 a matricular-se na Universidade da Beira Interior (UBI). Chegou da Póvoa de Varzim com o pai ainda antes das 08h00 desta segunda-feira, 11 de setembro, e uma hora e meia depois, o aluno de Medicina estava matriculado com o número 39042. "Para já, vim para aqui às cegas mesmo, não conheço mesmo nada. Conheço só este polo agora que vim aqui matricular-me", começa por confessar o jovem. "Sei que aqui a praxe é muito boa, a universidade também e a minha faculdade é recente e moderna, tem robots, uma parte tecnológica da qual ouvi também falar muito bem", revela. Por agora, as primeiras preocupações de Eduardo – um dos 1.186 colocados em 1.ª fase na UBI - passam por "fazer amigos para me adaptar e conhecer melhor a universidade e a Covilhã". Depois, "dar o melhor para tirar as mais altas notas para no futuro ter mais possibilidade de emprego". Quanto ao primeiro aspeto, e com pouco mais de uma hora na Covilhã, o novo aluno de Medicina da UBI parece já ter arranjado forma de regressar a casa aos fins-de-semana: "Conheci agora uma rapariga da Associação de Estudantes que é da minha terra, da Póvoa de Varzim, que me disse que se precisasse de boleia, que podia ir com ela", conta. Habituado a um nível elevado de exigência, a segunda preocupação é, para já, fundada em "boatos" de que "as notas que temos no Secundário não vão ser iguais às que temos aqui na universidade, que se tirarmos uma positiva vamos festejar e o meu receio é esse, porque queria tirar notas tão altas como tirei no Secundário, dezoitos e dezanoves", refere. A acompanhar o filho nesta nova fase, Rogério Cruz confessa que "para ficar mais perto da família, as primeiras opções eram em universidades mais próximas de casa", mas que "depois, ao falarmos com pessoas lá da Póvoa que já andaram cá, disseram-nos que a universidade é muito boa e que na parte de Medicina era uma coisa nova e que tinha bons métodos de ensino", refere. "Claro que ficamos um bocado tristes de ele vir para longe, são essas contingências com o passar da idade, mas pronto, de resto queremos é que ele chegue a bom porto, como é lógico", sublinha Rogério Cruz, que lembra: "Ele é que tem que ser mais forte, porque nós estamos lá, nós estamos todos juntos, ele é que vai partir para uma coisa nova, ele é que tem que ser mais forte. Eu acredito que lhe seja mais difícil sair do ‘ninho’ e juntar-se a pessoas novas, porque até agora ele passou os vários ciclos mas tinha sempre o ‘ninho’ e agora é completamente diferente, agora vai ter que se adaptar sem ‘ninho’ porque a 300 kms de distância é muito complicado". Ainda assim, Rogério admite que há algo de comum entre a cidade de origem de Eduardo e a de acolhimento que pode atenuar a distância: "Póvoa e a Covilhã acho que somos ainda muito agarrados uns aos outros e parece que não, mas é muito diferente. Em Lisboa, por exemplo – que era outra das hipóteses -, é tudo desgarrado, é cada um para seu lado e a nível de segurança, em tudo. Nesse aspeto, acho que foi a melhor opção", acredita. Eduardo Cruz é um dos 1.186 alunos colocados na UBI na 1.ª Fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES). Os números divulgados no domingo, 10 de setembro, dão conta da ocupação de 95,3 por cento das 1.245 vagas abertas em 29 cursos: no total são mais 72 alunos que na 1.ª Fase do Concurso de 2016. Conhecidos os resultados, segue-se o período de matrículas, que arrancou esta segunda-feira e que decorre até sexta-feira, dia 15. Em detrimento da via presencial nas instalações da UBI, os estudantes podem optar por fazer a inscrição online. Para mais informações sobre os documentos necessários podem consultar o site desenvolvido para apoiar os estudantes: Novos Alunos UBI. Quanto ao número já alcançado, a percentagem mais alta entre as instituições do Interior, o Vice-Reitor da UBI para o Ensino e Internacionalização lembra que esta situação "só vem reforçar o que o Reitor tem dito, que na verdade a UBI é um oásis no Interior e um dos seus maiores motores. Esta universidade destaca-se claramente das outras instituições do interior graças à sua presença nos rankings internacionais, mas também nas percentagens de colocações de estudantes, quer no Concurso Nacional de Acesso quer no processo de internacionalização." "Apesar disso, continuamos a ser a universidade mais subfinanciada e isto, no fundo, deveria ser entendido em Lisboa como uma chamada de atenção para uma injustiça gritante que está a ser cometida com a Universidade da Beira Interior", considera João Canavilhas. "Portanto, eu espero que a mensagem chegue, que se perceba que o trabalho que se faz aqui é um trabalho sério, é um trabalho na linha daquilo que de melhor se faz em Portugal, na Europa e no mundo e, portanto, aquilo que nós pedimos no fundo não é mais do que aquilo a que temos direito", sublinha o responsável. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|