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UBI acolheu I Seminário Transcultural sobre Envelhecimento
Rafael Mangana · quarta, 12 de julho de 2017 · UBI Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UBI acolheu o I Seminário Transcultural sobre Envelhecimento, evento que contou com especialistas nacionais e internacionais. |
Seminário decorreu dia 7 de julho na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI |
21999 visitas Sob o tema "Intimidade e Sexualidade na velhice", a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade da Beira Interior (UBI) acolheu na sexta-feira, 7 de julho, o I Seminário Transcultural sobre Envelhecimento. O evento contou com investigadores oriundos, de Portugal, Espanha e México, especialistas nas áreas do envelhecimento e sexualidade que durante um dia expuseram um tema ainda pouco explorado no nosso país. "Este seminário veio demonstrar que uma visão transcultural dos fenómenos nos pode dar muitas pistas para aquilo que podemos fazer e a forma como podemos investigar e sendo este um tema que em Portugal ainda não é muito debatido, o facto de nós termos que comparar com o que se passa noutros países também nos deu aqui uma abordagem muito rica para aquilo que podemos fazer e que podem ser passos futuros", considera Rosa Marina Afonso, docente do Departamento de Psicologia e Educação da UBI e membro da organização do evento. O I Seminário Transcultural sobre Envelhecimento contou com nomes importantes nesta área, como Fernando Quintanar (Universidad Nacional Autónoma de Méjico), Maria Johanna Schouten (Universidade da Beira Interior), Juan Pedro Serrano (Universidad de Castilla La-Mancha), António M. Fonseca (Universidade Católica Portuguesa, CEDH/FEP), Henrique Pereira (Universidade da Beira Interior), Feliciano Villar (Universidad de Barcelona) ou Pedro Machado dos Santos (UNIFAI/CINTESIS, UP, Projecto MentHA). A conferência de encerramento sobre sexualidade na velhice esteve a cargo do catedrático da Universidade de Salamanca, Felix Lopez, referência nos estudos sobre a sexualidade. O evento contou ainda com os apoios da Red Iberoamericana de Investigación Interdisciplinar en Envejecimiento y Sociedad (RIIIES), Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) e do Projecto MentHA - Direcção Geral de sáude e Associalão de Investigação e Desenvolvimento da Beira. "Foi um evento muito intenso, que permitiu este cruzar de olhares de realidades muito diferentes", sublinha Rosa Marina Afonso. "Depois, este evento finalizou com um dos grandes especialistas da sexualidade no geral e da sexualidade na velhice, que foi o Professor Félix Lopes, que dentro da Psicologia ele foi um pioneiro na área da sexualidade que é catedrático inclusivamente mesmo em sexualidade", destaca a docente. "Este evento teve também tanto interesse pela especificidade do tema, sendo que tivemos o apoio muito importante de outras entidades, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, que se uniu a nós, o Projeto MentHA, que é um projeto sobre as questões da demência, porque também outro tema que foi debatido e eu penso que é um tema que levanta muitas questões é a questão da sexualidade nas situações de demência e as questões éticas que isso levanta, que também foram muito bem apresentadas e foram discutidas por uma pessoa da direção geral de saúde", refere. Quanto à importância geral de se debater o tema, Rosa Marina Afonso lembra que "a sexualidade ainda está muito ligada às pessoas adultas ou às pessoas jovens, pessoas sem problemas físicos e a ideia aqui é falar de uma visão aqui muito mais lata da sexualidade, que ultrapassa muito estes modelos mais estereotipados que nós possamos ter ligados então à idade adulta e aos jovens e falar na sexualidade de outras pessoas, que o corpo pode já ser diferente, que houve transformações, que sofreram muitas perdas, que podem até ter alguns handicaps, tudo é uma dimensão e continua a ser muito importante para o bem-estar das pessoas, para a qualidade e até para a dignidade das próprias pessoas", sublinha. Durante este seminário foi ainda abordado o tema da sexualidade no grupo dos LGBT, "que é também outra questão que tem a ver com as especificidades do envelhecimento e que estas questões da sexualidade possa ter nestes grupos. Por exemplo, o que levanta questões é até que ponto as instituições e os serviços que dão apoio ainda não estão preparados e não discutem esta temática, muito menos destes grupos minoritários", reforça a docente da UBI. |
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