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A Casa da Hera
João Alves Correia e Tetyana Ostapchuk · quarta, 9 de maio de 2018 · Continuado Apontada como uma das grandes tradições covilhanenses, diz-se que o próprio Infante D. Luís residiu na Casa da Hera |
Pórtico da Casa da Hera, por trás da Câmara Municipal da Covilhã (foto de João Alves Correia) |
21981 visitas A Casa da Hera foi construída nos séculos XV e XVI, e localizava-se junto “aos Paços do Concelho, onde atualmente se ergue o Teatro Municipal”. O Infante D. Henrique, primeiro senhorio da Covilhã (1415), foi o seu proprietário. Esta casa abria para a Carreira Ancha, que é hoje designada por Rua Ruy Faleiro. Entende-se por Carreira Ancha uma “rua larga, o que demonstra o papel estruturante desta artéria que fazia a ligação exterior entre duas portas da muralha. Permitia ainda o acesso dos gados à montanha, o que se verificou até princípios do séc. XX”. D. Henrique concedeu a D. Fernando de Castro a condição de alcaide-mor que, em 1440, devido à morte deste, vem a ser ocupada pelo seu filho, D. Álvaro. Em 1490, D. Rodrigo de Castro, alcaide-mor à época, pede a licença a D. João II para construir casas no muro da vila, autorização essa que lhe foi concedida, tendo sido confirmada em 1497 por D. Manuel I. A correspondência direta da Casa da Hera com estas casas é provada por vários aspetos, nomeadamente, o arrabalde (área exterior em volta dos limites de uma cidade) e a judiaria (parte da cidade onde os judeus eram obrigados a residir).
(Fonte: A Covilhã no tempo do Infante D. Henrique.) |
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