Yoga, meditação, conferências, concertos, workshops, alimentação saudável e muita energia positiva. Assim se poderia apresentar o "Ananda Festival of Bliss", um "festival revolucionário" não apenas no conceito, mas também na forma. Sem álcool nem drogas, o festival é único na região e pretende receber pessoas de todo o mundo na quinta ecológica "Ananda Kalyani Master Unit", de 14 a 16 de Julho.

Organizado pela delegação da Covilhã da "Ananda Marga", uma organização mundial sem fins lucrativos, o festival surge de uma ideia simples: dar a conhecer a missão de um organismo que promove um estilo de vida saudável e sustentável, como forma de resposta aos atuais desafios sociais, económicos e ambientais. "Aqui queremos abrir as portas ao estilo de vida praticado na Ananda Marga, e como tal teremos sempre a base de yoga, meditação e alimentação 100% vegana", explica Dalila Lucas, da organização do festival.

A alimentação é assim, a par da ausência de álcool e drogas, um dos elementos que diferencia o festival. Dalila Lucas acredita que desta forma se "contribui para um tipo de turismo diferenciado, voltado para um público alvo com elevada consciência ambiental e social". Dirigido a todos os que "sentem uma vontade de mudança e uma ligação à natureza", a organizadora defende também que "todos são bem-vindos, independentemente de quem são ou de onde vêm", e ainda que não existem limites de idade e que por isso este "é um festival para a família, onde as crianças também terão um papel importante e com diversas actividades".

O local escolhido para o festival é especial, não apenas por fazer parte do projeto de desenvolvimento multidimensional, "Ananda Kalyani Master Unit", mas também porque permite uma comunhão única com a natureza, numa "experiência imersiva, onde as pessoas poderão ligar-se à natureza e ao próximo, sentir o espírito de união e de partilha", revela.

As artes e a música também fazem parte do "Ananda Festival of Bliss" e entre os artistas já confirmados contam-se Giita Rani, da Noruega, Jyoshna La Trobe, da Nova Zelândia, Miguel Maat, de Portugal, e as Adufeiras da Casa do Povo do Paúl, que representam a região e a ligação que o festival também pretende promover.

Os bilhetes para os três dias do festival estão à venda na página do evento e têm um custo de 128 euros, preço que inclui todas as refeições principais (pequeno-almoço, almoço e jantar, os snacks não estão incluídos), todas as conferências, concertos, workshops artísticos e ainda o campismo. As entradas diárias são compradas no local do festival e o preço varia de acordo com o dia, para além de estarem sujeitas ao número de vagas disponíveis. As populações locais também são convidadas para o evento e como forma de as incentivar a participar, foram pensados descontos nos preços dos bilhetes (para os residentes do Paúl, Ourondo/Casegas, e freguesias limítrofes).

Nesta primeira edição os organizadores esperam receber cerca de 150 "festivaleiros", mas o objetivo é fazer com que o evento cresça. "O festival terá continuidade nos próximos anos, queremos ver a iniciativa a crescer. Esperamos poder criar um ambiente subtil, onde as pessoas serão estimuladas através da arte, a uma expansão da mente, permitindo alcançar diferentes estados de espírito, aliados à prática de Yoga, meditação e uma alimentação vegana", confessa Dalila Lucas, da organização.

Os organizadores acreditam que o festival pode ajudar a desenvolver a região, na medida em que promove "um intercambio cultural valorizando os artistas locais e criando uma ponte entre estes e artistas internacionais”.

De 14 a 16 de Julho o estilo de vida saudável passa pelo "Ananda Festival of Bliss", na quinta ecológica "Ananda Kalyani Master Unit".