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Cinema em Português na UBI
Rafael Mangana · quarta, 17 de maio de 2017 · @@y8Xxv A UBI recebeu, entre os dias 15 e 17 de maio aquela que foi a décima edição das Jornadas de Cinema em Português. Mais de duas dezenas de investigadores debateram sobre as várias vertentes do Cinema, num evento que já ganhou o seu lugar no panorama nacional desta área. |
O evento contou com mais de duas dezenas de investigadores portugueses e estrangeiros |
22007 visitas Decorreu, entre os dias 15 e 17 de maio, na Faculdade de Artes e Letras (FAL) da Universidade da Beira Interior (UBI), a décima edição das Jornadas Cinema em Português. Este ano contou com a participação de mais de duas dezenas de investigadores, portugueses e estrangeiros, num evento cuja primeira edição foi em 2008. “O objetivo das jornadas está parcialmente cumprido, que é por em diálogo uma série de investigadores que, um pouco por todo o mundo – com incidência particular em países de língua portuguesa, sobretudo Portugal e Brasil – discutem questões ligadas à indústria, produção e à reflexão do Cinema em português, não só falado em português, mas produzido e que circulam em países que têm o português como língua oficial”, explica Paulo Cunha, docente da FAL e membro da organização do evento. Ao longo da última década, o cinema português - a sua história e estética - tem sido uma preocupação central dos cursos de licenciatura e mestrado em Cinema da UBI, contribuindo para uma reflexão sobre o passado, o presente e o futuro da prática cinematográfica entre nós, sendo que esta foi a primeira edição dedicada especificamente a um país, neste caso, Moçambique. No último dia das jornadas, seis investigadores de três países diferentes debateram o cinema daquele país africano de expressão portuguesa. Contando já com 10 edições, “estas jornadas, até pelo seu perfil diferenciado, são um espaço privilegiado na academia portuguesa para se discutir Cinema em português, sendo que antes das jornadas esse espaço não existia. O Cinema em português era discutido muito dispersamente em vários outros eventos, mas aqui na Covilhã – até porque temos esta situação particular de termos um curso de Cinema e uma massa crítica de jovens aspirantes a cineastas, a programadores, a argumentistas, a editores – achámos que seria necessário dedicar um espaço de reflexão privilegiado para pensar o Cinema português”, lembra Paulo Cunha. “A pouco e pouco fomos percebendo que esse espaço é muito mais amplo e não se pode circunscrever apenas a este retângulo. Se olharmos para o histórico das jornadas, há uma série de investigadores que vieram dos vários cantos da Europa e do mundo partilhar as suas pesquisas. Percebemos que com eles vinham também outros temas agregados e percebemos que seria interessante abrir o âmbito das jornadas ao Cinema em português”, explica o docente. Paulo Cunha considera que, “ao longo dos anos, por ser esse espaço diferenciado, estas jornadas acabaram por ganhar uma identidade muito própria. Na comunidade científica nacional, mais, mas na internacional também, começa a ter esse lugar de reconhecimento. Ou seja, nós criámos um espaço diferenciado e ele está a ser reconhecido pelos pares que aqui vêm apresentar os seus trabalhos e colocar em discussão algumas das temáticas que os ocupam". De resto, "as jornadas têm um espaço perfeitamente reconhecido e o objetivo é dar visibilidade cada vez maior a esse espaço e por isso é que fazemos um grande esforço para publicar as atas, o que faz com que as discussões que decorreram aqui possam perpetuar-se, ajudando outros investigadores a refletir sobre as mesmas questões sob diferentes pontos de vista”, refere. |
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