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Aparições em Fátima sem preconceitos
Rita Liberato · quarta, 17 de maio de 2017 · “Fátima-Milagre ou Construção” é o título do livro da jornalista Patrícia Carvalho que foi dado a conhecer num “café literário” realizado no “O verdinho”, no passado dia 9 de maio. |
Café Literário_Rita Liberato |
21977 visitas O livro é o resultado de vários meses de pesquisa por parte da autora sobre o tema das aparições em Fátima. Segundo a jornalista, “o objetivo é que o leitor retire as suas próprias conclusões”. “Se procuram uma posição neste livro, não vão encontrar, o meu trabalho foi de pesquisa, apresento apenas os factos”. A escritora explica que “quis escrever os factos por ordem cronológica, até para dar uma coisa muito colorida, porque existem muitos testemunhos e isso é muito interessante”. Sublinhou ainda que “há uma fase de construção”. “Há coisas que são evidentes: não existe nenhum documento que permita confirmar ou desmentir as aparições. O que existe é a palavra das crianças”. Deu como exemplo o facto de “ o bispo de Leiria ter ordenado que fossem comprados os terrenos para construção do santuário ainda antes de a própria Igreja investigar a veracidade das aparições”. Frisou ainda a ideia de que neste caso “não se podem tirar conclusões, não tirei nenhuma conclusão, vai sempre haver quem acredite e quem não acredite”. Patrícia Carvalho explica que “este livro aconteceu, não fiz nada para que acontecesse, sugeriram-me o tema. Nunca tinha pensado nisto, não era um tema que me despertasse interesse especial. Mas gostei muito de o escrever, e da pesquisa, pois gosto muito de história e Fátima faz parte da nossa história”. Segundo a autora, o livro é para todos, sejam crentes ou agnósticos, porque ”as pessoas devem olhar para isto sem preconceitos. O problema é que a maior parte das pessoas parte para o tema com uma ideia preconcebida, ou acreditam ou não acreditam, são muito radicais”. “Logo, deixo o desafio de lerem o livro pela história e para ouvirem os factos, sem julgamentos”. Apesar do pouco público presente, a autora não relativizou isso: “ Percebo que haja temas e autores que chamem mais pessoas, mas eu tanto falo para 3 pessoas como para 40. Desde que haja uma que me queira ouvir, acho que vale sempre a pena falar”. Em relação à iniciativa dos cafés literários, “acho-a fantástica e espero que seja para continuar”. O café literário teve, no início, um momento musical com um grupo de jovens da escola EPABI (Escola Profissional de Artes da Beira Interior). |
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