A necessidade de estreitar laços, de haver um maior convívio e de, consequentemente, ser promovida uma maior ligação entre os alunos de Ciências Farmacêuticas são os principais motivos presentes na história por detrás da criação deste evento. Mas há mais: aliar a solidariedade ao talento e à faculdade é um outro foco.

O Sarau Cultural de Ciências Farmacêuticas, além de ser uma iniciativa que leva a palco os talentos dos futuros profissionais desta área, prima pela sua associação a causas de cariz solidário e, nesta quinta edição, o UBIPharma – Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Beira Interior aliou-se à Associação de Jovens para a Ação Solidária (AJAS). Esta associação, constituída por jovens voluntários que têm como objetivo apoiar estudantes, famílias e idosos em situações económicas desfavoráveis, beneficiou, assim, de uma recolha de alimentos realizada no local do evento.

Entre todos uma coisa era consensual: investir na cultura é “fundamental”. “Acho que é muito importante mostrarmos um bocadinho daquilo de que somos capazes, como organizar um grande evento e mostrar os nossos talentos aos nossos colegas. É bom fazermos algo importante, que marque, porque daqui a uns anos tenho a certeza que nos vamos lembrar que decorreu este sarau e fizemos parte dele”, afirma Nádia Pinho, participante e aluna do terceiro ano de Ciências Farmacêuticas.

Apresentado ao estilo de um canal de televisão - a CFTV - o Sarau Cultural contou com espectáculos de música e dança inspirados em programas reais da grelha televisiva. Nádia Pinho, que protagonizou momentos de dança contemporânea, ballet e hip-hop, confessa que “foi tudo feito um bocadinho em cima da hora, mas correu bem”. “A comissão organizadora fez muitas reuniões para pensar em tudo. Escolhemos um tema e depois foi tudo à base desse mesmo tema”, explica. No seu caso, a inspiração veio do programa ‘Achas Que Sabes Dançar?’, adequando-se, assim, à temática do sarau – a televisão.

De acordo com a organização, esta foi uma atividade que obteve uma resposta positiva por parte dos alunos. “Nós fazemos eventos no Facebook, partilhas, e as pessoas costumam inscrever-se de livre e espontânea vontade”, conta Raquel Ivoneth, Presidente do Departamento Cultural e Recreativo do UBIPharma. “No Sarau Cultural, adotamos mais a política de lisonjear as pessoas que nos apoiaram. Gostamos de homenagear as pessoas que se associam a nós, ao longo do mandato, e oferecemos prémios, assim como também fazemos algumas menções honrosas”, conclui. Os prémios Fada Madrinha, Dupla do Ano, Reconhecimento e Mérito e Vídeo do Ano (este último conquistado pelo quarto ano do curso) foram atribuídos ao longo da noite.

No V Sarau Cultural de Ciências Farmacêuticas, houve ainda espaço para a divulgação de projetos e congressos direcionados para os alunos: o Projeto Querer e Fazer – OKAMBA, um programa de mobilidade que decorre em São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Angola e que, para além da ação de voluntariado com crianças, permite aos alunos exercerem um pouco daquilo que foram aprendendo na faculdade; e a 19th EPSA Summer University 2017, evento organizado pela Associação Europeia de Estudantes de Farmácia (EPSA), em conjunto com o UBIPharma, no qual cerca de 200 estudantes desta área, vindos de toda a Europa, vão poder realizar “actividades educacionais, científicas, culturais e de enriquecimento pessoal”, tanto na Faculdade de Ciências da Saúde, como em vários pontos da cidade da Covilhã.

A Tuna-MUs e o vencedor do Med’s Got Talent, Duarte Santos, foram também convidados para animar esta noite dedicada à cultura.