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Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior com balanço "extremamente positivo"
Rafael Mangana · quarta, 12 de abril de 2017 · A segunda edição do Concurso Internacional de Percussão da Beira Interior encerrou esta terça-feira, 11 de abril, com o concerto dos laureados, que decorreu no grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI. Envolvendo 36 participantes de Portugal e de outros pontos da Europa, foram lançadas as bases para uma terceira edição do evento. |
João Duro venceu o primeiro prémio na classe B |
21980 visitas Terminou esta terça-feira, 11 de abril, a segunda edição do Festival Internacional de Percussão da Beira Interior, que decorreu de 8 a 11 de abril na Covilhã. O grande auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI acolheu esta terça-feira, 11 de abril, o concerto dos laureados, que encerrou o evento organizado pela Associação Cultural da Beira Interior (ACBI) e pela Câmara da Covilhã. "O balanço é extremamente positivo. O nível foi muito elevado, funcionou tudo bem a nível de organização, os concorrentes estiveram espetaculares, o júri também", revela o presidente da ACBI. Luís Cipriano considera que esta edição "foi musicalmente melhor que o do ano passado, até porque houve miúdos que já concorreram o ano passado e que tornaram a vir e há mais um ano de aprendizagem em cima e é natural que isso se venha a refletir no desempenho deles. Estou satisfeitíssimo com o resultado final do concurso". Participaram 36 concorrentes nesta edição, de vários pontos do país e da Europa (Suécia, Alemanha, França, Espanha) e divididos por três classes. Na Classe A (até aos 12 anos), o 1.º prémio foi ganho por João Fialho, o 2º Prémio por Pedro Silveira e o 3º Prémio por Rafael Grilo. Na Classe B (dos 13 aos 15 anos), João Duro venceu o 1º prémio, enquanto que Gonçalo Martins arrecadou o segundo lugar, com Paulo Amendoeira a receber a Menção Honrosa. Na Classe C (dos 16 aos 18 anos), o 1º prémio coube a Daniel Bolba, o 3º Prémio a José Gabriel Teixeira e Tiago Sousa recebeu a Menção Honrosa da categoria. A classificação neste tipo de provas é particular, como explica Luís Cipriano: "O júri pode decidir que há um primeiro prémio, e não haver segundo, e haver terceiro. Isso pode acontecer se, por exemplo, há dois concorrentes com um desnível grande. Na música é preciso atingir-se uma determinada pontuação para que a pessoa possa alcançar os prémios", esclarece o maestro. Luís Cipriano sublinha ainda que "este é o único concurso de percussão do país que envolve todos os instrumentos. Há outros concursos dedicados a uma determinada especialidade, mas este tem três fases, em que os alunos têm que tocar vários tipos de instrumentos de percussão. De resto, esta é a classe mais complexa a nível musical, porque os músicos têm que aprender várias técnicas diferentes para vários tipos de instrumentos", refere. Para além da competição, a edição deste ano contou com a realização de 12 workshop's com alunos do Ensino Básico de todo o concelho, num total de mais de 500 crianças, que puderam ter um primeiro contacto com a percussão. No total, para que todos os concorrentes possam ter as condições técnicas necessárias, "cada concurso destes representa um camião TIR vindo da Holanda com cerca de 80 ou 90 mil euros em material e transporte, que as marcas patrocinadoras disponibilizam gratuitamente. Isto implica muita coisa, porque para além dos instrumentos em cima de palco, há mais seis salas cheias de instrumentos para os concorrentes ensaiarem antes de prestar provas", acrescenta o presidente da ACBI. Apesar da logística complexa, a terceira edição parece estar assegurada. "A partir do momento em que se estão a desmontar os instrumentos eu já estou a pensar que é para serem montados na edição seguinte", garante Luís Cipriano. A dúvida, para já, é perceber se a próxima edição vai ser já em 2018 ou no ano seguinte, "o que nos permitiria intercalar com o concurso de coros", lembra. "O mais difícil foi a primeira edição, este ano foi o da confirmação e penso que a partir de agora se torna muito mais fácil, até porque é muito mais apelativo para os patrocinadores, que disponibilizam os instrumentos utilizados pelos concorrentes a preços mais reduzidos", sublinha o responsável. Presente no concerto dos laureados, que encerrou o evento, o vereador da Cultura da autarquia covilhanense expressou o desejo do município: "Esperamos para o ano ter a terceira edição deste festival". Jorge Torrão garantiu que "a Covilhã e o seu presidente da Câmara vão manter esta ligação com a Associação Cultural da Beira Interior e que vai comprometer-se em não deixar que este evento caia".
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