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Academia Júnior de Ciências com recorde de participação
Rafael Mangana · quarta, 5 de abril de 2017 · @@y8Xxv Terminou na sexta-feira, 31 de março, aquela que foi a edição da Academia Júnior de Ciências mais participada de sempre. A iniciativa que a UBI promove para os melhores alunos do Ensino Secundário da região, contou com 28 estudantes do 12.º ano de escolaridade. |
Manuel Saraiva tem sido o grande dinamizador da Academia Júnior de Ciências |
21967 visitas A terceira Academia Júnior de Ciências (ACJ), através da qual a Universidade da Beira Interior (UBI) abre as portas a alguns dos melhores alunos do Ensino Secundário da região, finalizou na sexta-feira, dia 31. Após as 25 sessões que constituíram o programa da iniciativa, promotores e participantes fizeram um balanço muito positivo à edição que foi a mais participada de sempre. Estiveram no projeto 28 estudantes do 12.º ano de escolaridade. Com a experiência acumulada dos dois últimos anos, a estrutura e organização da ACJ foi melhorada, permitindo o aumento do número de alunos de mérito, provenientes de cinco escolas secundárias dos concelhos da Covilhã, Fundão e Gouveia. Desta vez, foram criados projetos diferenciados nas áreas da Física, Química e Matemática, para que os estudantes pudessem optar pelas matérias do seu interesse. “Ao propormos estas alternativas de trabalho, conseguimos ter os alunos mais mobilizados e em maior número”, refere Manuel Saraiva, docente da UBI responsável pela Academia Júnior de Ciências, que considera a terceira ACJ a melhor até agora. Manuel Saraiva lembra que “o grande objetivo da ACJ é abrir a instituição ao meio e aos alunos da região, divulgando a forma como se faz ciência”. A iniciativa tem alcançado os objetivos, “havendo sempre uma percentagem de alunos a ficar cá na universidade e, portanto, nos vários casos que nós temos também ficam cá na universidade a estudar e que nós os recebemos lindamente”, sublinha. O reitor da UBI, António Fidalgo reforça que “a Academia Júnior de Ciências é, de certa forma, um milagre porque é um dom, um dom significa que é gratuito, e por isso é gracioso, grátis significa que isso é gracioso, gracioso porque permite que algo seja feito porque uma pessoa tem o dom de criar esse espaço de ciência”. A possibilidade de optar por diferentes áreas facilitou a obtenção de uma meta fundamental da iniciativa: contribuir para que estes estudantes de mérito obtenham um conhecimento mais aprofundado das diferentes ciências e que isso os ajude a definir qual o rumo a escolher no Ensino Superior, já no próximo ano. Além deste, a ACJ tem ainda como objetivos incentivar o gosto pelas ciências e a atividade científica, permitir a aquisição de novos conhecimentos – alguns deles que vão ser trabalhados no futuro em contexto universitário –, permitir mudanças de rotina de aprendizagem e introduzir o trabalho dentro dos laboratórios, ao mesmo tempo que mostra como é o ambiente universitário, em especial a UBI. A ACJ pretende ainda afirmar o compromisso da UBI para com a região, contribuindo para melhorar a formação dos jovens e a ligação às entidades dos distritos de Castelo Branco e Guarda. Para realizar a Academia, mantém parcerias com as escolas envolvidas (Agrupamento de Escolas do Fundão, Agrupamento de Escolas de Gouveia e as escolas secundárias da Covilhã: Campos Melo, Frei Heitor Pinto e Quinta das Palmeiras) e as autarquias dos três municípios onde estão sediadas. A importância deste projeto iniciado no ano letivo de 2014/2015 foi visível na sessão de encerramento, onde esteve António Fidalgo, reitor da UBI, e o vice-reitor João Canavilhas, elementos das autarquias e responsáveis dos estabelecimentos de ensino. A ideia e o trabalho efetuado mereceram elogios de todos os participantes. A reunião terminou com a entrega dos certificados aos academistas. Para os alunos que participaram na edição deste ano, as opiniões foram globalmente positivas. Maria Rita Garcia, da Escola Secundária Campos Melo, considera “positivo podermos escolher os projetos, porque deu para formarmos grupos mais pequenos e estar na área que mais gostamos”. Uma ideia reforçada por Ricardo Geraldes, da Escola Secundária do Fundão, para quem “esta experiência foi muito positiva, porque pudemos participar em projetos de várias áreas, o que nos enriqueceu”, garante. Daniela Silveira, aluna da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, lembra que se tratou de “uma oportunidade enriquecedora e muito importante para conhecer o funcionamento de uma universidade, porque para o ano vamos todos passar por isso”. Apesar de considerar que, “no futuro poderia haver ainda mais atividades práticas”, José Amoreira, estudante da Escola Secundária Quinta das Palmeiras, diz que “o balanço é positivo, fico satisfeito por ter vindo”. Opinião idêntica tem João Simões, da Secundária de Gouveia: “Nas sextas-feiras, se não tivéssemos que vir para aqui, provavelmente estávamos em casa sem fazer nada. Assim, aproveitámos melhor o tempo”, considera. A ACJ começou em setembro e terminou no último dia de março. Decorreu nas tardes de sexta-feira, incluindo a participação nos projetos propostos (um deles foi a participação no Concurso Pontes de Esparguete, iniciativa do Departamento de Eletromecânica), a presença em três conferências, cinco sessões pontuais e uma visita de estudo ao Data Center. No último dia, à noite, houve ainda uma Observação Astronómica, no terraço do Departamento de Física. Nas atividades da Academia Júnior de Ciências estiveram envolvidos 26 docentes da UBI, em especial da Faculdade de Ciências. |
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