Samuel F. Pimenta assumiu-se como um escritor crítico e de causas bem vincadas. No fim da sua palestra para os estudantes do Agrupamento de Escolas Pedro Álvares, foi aberto um espaço de debate onde vários temas sociais foram levantados. Apesar da fraca participação dos alunos a conversa fluiu com a ajuda do escritor e dos docentes presentes.

“Vivemos numa sociedade em que se apontam as diferenças”, adiantou o escritor que lançou uma pergunta direta para os jovens: “Sentem o peso desta sociedade que nos quer todos iguais?”. As respostas não saíram e a timidez dos jovens prevaleceu, perante a situação os professores presentes deram um “empurrão” e mote para o resto da conversa onde temas como a sociedade formatada, o bullying e a ditadura do corpo foram abordados.

 A escola de uma forma geral e o ensino português em particular foram também um dos temas abordados. Para Samuel, neste momento “a escola não consegue criar jovens críticos que olhem para a sociedade com um espirito crítico”, acrescentando que o modelo de ensino atual não é direcionado para o individuo, para o aluno. Uma ideia que acabou por ser partilhada pelos docentes e que o escritor concluiu dando uma lufada de esperança quanto a um futuro que julga que será melhor que o presente.