Em jogo a contar para a 33ª jornada da segunda liga portuguesa, a Associação Desportiva de Fafe deslocou-se à Covilhã para defrontar a equipa da casa. Num jogo fraco e com escassas oportunidades de golo para ambas as equipas, a turma de Filipe Gouveia pouco fez para mudar o rumo dos acontecimentos.

        Num domingo solarengo, a homenagem ao sócio número um do Sporting da Covilhã, que faleceu na semana passada, antecipou o jogo. Ainda assim, nem o apito do árbitro acabou com o silêncio que perdurou durante toda a partida dentro das quatro linhas.

        O Fafe, penúltimo classificado e sem vencer há oito jogos, entrou um pouco melhor no jogo e a pressão feita nos momentos iniciais ia dando em golo: logo aos três minutos o extremo Pedro Pereira pôs o guardião Igor Rodrigues à prova com um remate à figura. Após este ligeiro sufoco inicial, a equipa visitada equilibrou o jogo e apenas ao minuto 23 se voltou a criar uma oportunidade digna de registo. Chaby – o mais esclarecido em campo – com um remate fora da área obriga o guarda-redes do Fafe a uma defesa a dois tempos.

        À meia hora de jogo, Ricardo Fernandes gerou preocupação aos adeptos nortenhos com uma saída da baliza infeliz. Para tristeza dos cerca de 400 adeptos covilhanenses presentes, o médio ofensivo Chaby não conseguiu aproveitar o deslize adversário.

         Para não fazer a desfeita, Igor Rodrigues, a findar o primeiro tempo, também com uma saída inoportuna derruba um jogador adversário dentro da área. O árbitro Pedro Vilaça não teve dúvidas e o avançado Alan Junior também não: penálti marcado, penálti cobrado. O marcador indicava assim a vantagem dos visitantes enquanto ambas as equipas se deslocavam ao balneário.

         Insatisfeito com o rendimento da equipa, o treinador do Sporting da Covilhã substituiu Erivelto ao intervalo por alegada “pouca produtividade dentro de campo”. Já com outro avançado em campo, Onyeka, a equipa da casa entrou a pressionar mais e aos 54’ quase que via Mike marcar com um cruzamento/remate perigoso. 

         Depois de várias tentativas de Marcílio – num rasgo individual – e Ponde – com remate perigoso junto à trave -, o Covilhã viria a marcar através de um canto cobrado por Chaby. Harramiz só teve de encostar junto ao segundo poste.

         Até ao fim da partida, as oportunidades foram praticamente nulas para ambos os lados, sendo que o Covilhã por intermédio de Chaby, primeiro através de um livre lateral e depois com uma jogada de insistência, esteve mais perto do golo.

         Já aos 85 minutos, o defesa-esquerdo Marcílio viu o segundo amarelo e foi expulso do campo. Com Mike na esquerda e o recém-entrado Gilberto a ocupar o flanco direito da defensiva, nenhuma das equipas se conseguiu impor.

         No final, o marcador apontava o empate a uma bola – o quinto seguido da equipa caseira – que no final da jornada se encontra na décima terceira posição. Já o Fafe, mantém-se em zona de despromoção. Na conferência de imprensa, apenas Filipe Gouveia compareceu.       

Árbitro: Pedro Vilaça (Viana do Castelo)

Sp. Covilhã: Igor Rodrigues, Mike, Zarabi, Sambinha, Marcílio, Diarra (Gilberto, 74'), Djikine, Chaby, Ponde (Prince, 88'), Harramiz e Erivelto (Onyeka, 46').
Suplentes não utilizados: Igor Araújo, Zé Pedro, Joel e Soares
Treinador: Filipe Gouveia
Fafe: Ricardo Fernandes, Vasco Cruz, Materazzi, Lytvyn, Reinildo, André (Sarkic, 87'), Pedro Pereira, Landinho, Samu, Digas (Borges, 67') e Alan Júnior
Suplentes não utilizados: Marçal, Silvestre, Jota, Xavi e Carvalho
Treinador: António Silva

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Harramiz (63'); Alan Júnior (45', pen.)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Igor Rodrigues (45'), Sambinha (51'), Marcílio (59' e 84'), Alan Júnior (59'), Borges (73'), André (76') e Reinildo (90'). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Marcílio (84')
Assistência: Cerca de 500 espectadores