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World Cancer Day assinalado na UBI
João Alves Correia · quarta, 8 de fevereiro de 2017 · @@y8Xxv Pelo segundo ano consecutivo, o Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) promove sessões de esclarecimento e de atividades científicas relacionadas com o combate coletivo e individual dos diversos tipos de cancro. |
Vítor Gaspar durante a sua apresentação, que aposta vigorosamente na utilização de nanomedicinas para um combate eficaz ao cancro (foto de João Alves Correia) |
21984 visitas A luta contra o cancro está longe de ser um assunto do passado. Em entrevista recente à TSF, Gabriela Sousa, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, apontou o cancro como o principal responsável pela mortalidade antes dos 65 anos. A partir deste facto, e em parceria com o Departamento de Ciências do Desporto da UBI, o CICS promoveu diversas atividades para celebrar o Dia Mundial Contra o Cancro (4 de fevereiro) na sexta-feira, dia 3 de fevereiro. Para além da Sessão I, que apresentou uma aula aberta a toda a comunidade sobre a recuperação de pacientes com cancro da mama, o dia foi preenchido por outras duas sessões com diversas comunicações científicas sobre os novos avanços, terapias e métodos de combate aos distintos cancros presentes nos distintos pacientes. Às 10h30 teve início a Sessão II – Estilos de vida saudáveis e prevenção, com as palestras "O cancro por (para) "miúdos"", proferida por Paula Chaves, e "O cancro do adulto previne-se em jovem", apresentado por Themudo Barata, ambas orientadas para as escolas secundárias. Ambas visaram promover um estilo de vida mais saudável e consciente de modo a minimizar a probabilidade de sofrer de cancro na vida adulta. A Sessão III, Tratamentos Inovadores, que iniciou às 14h30, contou com 4 seminários dedicados às novas abordagens para o tratamento e consequente recuperação de pacientes de cancro. "Advanced Combinatorial Cancer Therapies - The potential of Drugs and DNA loaded Nanomedicines", a cargo de Vítor Gaspar, foi a oração mais orientada para o futuro próximo graças ao envolvimento de terapias que utilizam nanomedicinas e todas as tecnologias associadas a esta vertente avançada da medicina. O apresentador revelou alguns dos novos meios que estão a ser equacionados face aos exigentes requisitos de cada doença (relativo não só ao tipo cancro, mas também ao tipo de paciente), como foi o caso de um nanomedicamento que, após injetado na corrente sanguínea, combate alvos específicos, como se de um atirador furtivo se tratasse. Mostrou-se ainda confiante em relação ao futuro da luta contra o cancro, graças às novas tecnologias que não só acompanham mas que também são criadas especificamente para a ciência. Sílvia Socorro, docente da FCS, investigadora do CICS e uma das promotoras do evento, explicou o porquê de eventos como este serem úteis para a comunidade científica e geral. Questionada sobre as recentes declarações de Fátima Cardoso, investigadora da Fundação Champalimaud, adiantou ainda que embora as perspetivas de novos caminhos e soluções para a luta contra o cancro sejam promissoras, trata-se de um processo moroso de teste e erro, pois "cada cancro tem as suas especificidades e, em pacientes diferentes, comporta-se de forma distinta". Este evento integrou-se nas iniciativas mundiais do World Cancer Day. |
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