A relevância da ACT na regulação das relações do trabalho em Portugal foi uma das principais ideias retiradas do debate que decorreu na UBI no passado dia 11 de janeiro e que marcou o centenário da entidade.

Presente no evento, o Diretor-Geral vincou que "a atividade da inspeção de trabalho passa por controlar aquilo que os legisladores, a cada momento, vão introduzindo neste sector".

Pedro Pimenta Braz defendeu que este é um "trabalho necessário, mas muitas vezes não é suficiente". De resto, "as pessoas muitas vezes perguntam se em função de determinados problemas podem ou não ser feitas mais inspeções. Nós temos a nossa quota parte de responsabilidade, mas a sociedade funciona como um todo e cabe também a todos os outros atores do mundo do trabalho - como o Estado e às suas instituições, aos cidadãos, aos sindicatos e associações empregadoras - trabalharem em conjunto. Agora, não tenho dúvidas que se trata de uma missão fundamental e incontornável".   

O responsável máximo da ACT acrescentou ainda que a proliferação das novas tecnologias no âmbito do mundo laboral obrigou a ACT a adaptar-se e a preparar-se para dar resposta ao trabalho efetivo no terreno. "A metodologia clássica das inspeções é fundamental mas não podemos parar o futuro com as mãos", lembrou. "As novas tecnologias estão a criar novos desafios. A informatização de algumas matérias veio para ficar e nós temos de o saber regular. O futuro do mundo do trabalho e das suas relações depende daquilo que nós consigamos fazer na sua regulação e nós, os inspetores da ACT, temos de nos adaptar a isso e ser formados para metodologias de inspeção diferentes", sustentou Pedro Pimenta Braz.