O protocolo entre a UBI, a Câmara Municipal de Manteigas e a ENERAREA foi assinado a 17 de Outubro de 2016. Ao longo dos próximos 10 anos, a Universidade irá monitorizar as actividades do Centro, promovendo assim o envolvimento entre as diferentes entidades no aproveitamento dos recursos da região.

“Queremos que o CEVM seja um pólo dinamizador, quer ao nível do turismo, como também da empregabilidade e do conhecimento científico", destaca Kelly o'Hara.

O projecto terá começado por volta de 2007, recorda Carlos Santos, director da ENERAREA. A iniciativa terá partido da Câmara Municipal de Manteigas, que propôs a criação de um espaço austossustentável na vila. Já então o objectivo era dotar esta infraestrutura de meios para aproveitar a energia hídrica, solar e de biomassa.

Para o responsável pela Agência Regional de Energia, "não é possível pensar neste Centro sem a participação da UBI". O conhecimento científico que a Universidade trouxe ao projecto, através dos seus diferentes departamentos, mestrandos e doutorandos, foi a chave para o Centro avançar, considera Carlos Santos.

No vale da vila, onde correm as águas do Rio Zêzere, uma antiga fábrica têxtil, há muito desactivada e agora recuperada, foi o local escolhido para a infraestrutura. Aproveitando a energia hídrica e a exposição solar, a recuperação do edifício foi feita de modo a torná-lo autossustentável.

O investimento global soma 2,5 milhões de euros, com verbas provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).