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A escritora por detrás da jornalista
Andrea Lopes Fonseca e Lisandra Maravilha · quarta, 21 de dezembro de 2016 · Na passagem de ano come doze passas e sobe para uma cadeira a bater tachos? Esta é uma das 113 superstições exploradas no livro “Cruzes credo, bate na madeira” da conhecida jornalista Andreia Vale. Contudo, é com a sua faceta de escritora que chega ao “café literário”. |
Andreia Vale acompanhada pelo também jornalista Alexandre Salgueiro |
21952 visitas Das superstições do casamento às da passagem de ano, dos amuletos preferidos ao mundo das cores, da natureza e das profissões, tudo acaba na madeira: “bato na madeira, se não houver bato na minha cabeça”. É este o ritual que diariamente Andreia Vale segue para evitar o azar. E até no trânsito a jornalista encontra sinais importantes para a sua vida: se encontro semáforos verdes vou ser feliz”. A escritora diz que não ser supersticiosa mas é melhor “não arriscar, não vá o diabo tecê-las”. Foi o “por quê, quando e onde” que levou a jornalista a explorar a origem das variadas superstições portuguesas e a registá-las como memória no papel, sendo este o principal objetivo do livro. “Cruzes credo, bato na madeira” não quer que os leitores sigam à risca estes rituais pretende antes “matar o gato da curiosidade”. Depois do sucesso do primeiro bestseller, “Puxar a brasa à nossa sardinha”, a pivivot da CMTV não ficou pelas 270 expressões portuguesas, mas procurou descobrir mais sobre as superstições e escolheu apenas 113 (mais uma, para não dar azar) que usadas "no dia-a-dia sem saber a sua origem”. Até o simples brinde foi explorado no livro. “Os reis chegavam a acordo e ao celebrar a paz brindavam com dois copos de vinho, certificando-se que ao baterem com copo um no outro a bebida se misturava garantindo, assim, que nenhum dos dois seria envenenado”, explicou Andreia Vale. O terramoto de 1755 também foi examinado e deu origem à expressão: “caiu o Carmo e a Trindade” , quando as duas igrejas emblemáticas se desmoronaram. Também o “res-vés Campo de Ourique” serviu de associação para o desastre: “as ondas teriam subido e ficado no limite de Campo de Ourique”. Entre tantas outras, estes foram os mistérios que a escritora mais gostou de desvendar. O “café literário” foi conduzido pelo também jornalista do Correio da Manhã, Alexandre Salgueiro, que permitiu a conversa entre a escritora e os seus leitores, na última sexta-feira, dia 16 de dezembro, no café pastelaria Leveda. |
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