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"Saio com a sensação de dever cumprido"
Carla Sousa · quarta, 14 de dezembro de 2016 · @@y8Xxv Às portas do ato eleitoral que vai eleger a nova presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), a atual dirigente, Francisca Castelo Branco faz o balanço do trabalho feito nos últimos dois anos. As eleições para a AAUBI decorrem esta quinta-feira, 15 de dezembro, e Francisca Castelo Branco já anunciou que não se recandidata a um terceiro mandato. |
Francisca Castelo Branco cumpriu dois mandatos à frente da AAUBI |
21988 visitas Daqui a um mês, Francisca Castelo Branco deixará de conduzir os destinos da AAUBI. Em declarações ao Urbi et Orbi, a atual dirigente admite que na reta final do seu último mandato o sentimento que impera é o "de dever cumprido". Para a estudante de Ciências do Desporto esta passagem pela organização estudantil representou um momento de uma intensa aprendizagem. "A Associação Académica foi uma grande escola, é preciso aprender com o que a Associação Académica tem para nos ensinar e ir com a intenção certa, que é a de dar tudo por tudo". Dois anos após a sua eleição, a responsável acredita que hoje em dia a AAUBI está mais forte do que aquela que encontrou no passado, no que diz respeito à credibilidade e ao reconhecimento alcançados. "Ao longo deste tempo, eu acho que demos tudo aquilo que podíamos. Na atualidade, a Associação Académica é reconhecida a nível da cidade, da região e do país e conseguimos recuperar a credibilidade junto das empresas, portanto está num bom ponto e pronta para novos voos", considera. Francisca Castelo Branco recorda ainda a dura missão que teve no primeiro mandato e que passou por equilibrar as contas da AAUBI. "Dada a forma como a Associação Académica estava em termos financeiros, o nosso primeiro mandato foi única e exclusivamente para reestruturar a parte financeira e reorganizá-la internamente para a meio do mandato começarmos a ir para a rua, trabalhar com os núcleos e com as empresas", lembra. Já no que toca ao segundo mandato, a presidente da AAUBI lamenta não ter conseguido concretizar dois projetos que tinha planeado realizar, nomeadamente o Banco de Voluntariado e a Plataforma de Empreendedorismo. "Conseguimos concluir o programa todo, só que houve coisas que tenho muita pena que não tenham sido feitas, porque acho que iam ser muito boas para a comunidade ubiana e covilhanense, como por exemplo o Banco de Voluntariado na Ação Social e a Plataforma de Empreendedorismo". Quanto a este último projeto, que classifica de "ambicioso" para ser executado somente num ano, Francisca Castelo Branco refere que a rede de contactos já está criada e o que simplesmente falta é exportar esses dados para a plataforma, de forma a que se torne uma ferramenta "dinâmica em que os estudantes vejam o que existe em termos de estágios e redes profissionais", sublinha. Apesar deste facto, a estudante da UBI reforça que "em linhas gerais, tirando dois ou três projetos que nos eram queridos e que gostávamos que tivessem saído para a rua, estamos concretizados pelo que conseguimos fazer. De facto, o nosso projeto era pela casa que é de todos os estudantes".
"O nosso ciclo termina aqui" Apesar de em setembro ter equacionado a recandidatura a um terceiro mandato, no sentido de dar resposta a alguns objetivos que ainda estavam por materializar, alguns meses passados a atual líder decidiu não avançar para a presidência da AAUBI. O motivo, de acordo com Francisca Castelo Branco, é a resolução das metas que estavam por alcançar. "Fizemos o balanço do que estava ainda por fazer e naquele momento, em setembro, dadas as condições que tínhamos não nos pareceu que fosse possível concretizar o que faltava até meio de janeiro. Foi baseado nisso que eu lancei a recandidatura em setembro", destaca. Entretanto, esta realidade alterou-se e a renegociação de contratos que haviam terminado e o patrocínio, por parte de empresas privadas, dos novos equipamentos das 21 modalidades do desporto universitário, num investimento de 15 mil euros, reverteram a decisão inicial de se apresentar como candidata. "Ao conseguirmos a renegociação dos contratos, tivemos condições para concluir os nossos objetivos, que eram devolver a credibilidade à Associação Académica e estabilizá-la financeiramente. Neste momento, estamos em condições de até janeiro saldar as dívidas que existem, já de há alguns anos, a fornecedores locais", realça. Outra das justificações apresentadas pela discente da UBI, é o aspeto de neste ano letivo ser finalista, o que faz com que tenha que dedicar mais tempo aos estudos. "Abracei este projeto com o compromisso de levar o curso ao mesmo tempo e isso é também um dos motivos que pesou na minha decisão de não me recandidatar, pois sou finalista este ano e a Associação Académica acaba por ocupar noventa por cento do nosso tempo", justifica. "O nosso ciclo termina aqui, é tempo de virem outros, novas ideias e pessoas", remata a dirigente associativa. O ato eleitoral para eleger a nova presidente da AAUBI decorre amanhã, dia 15 de dezembro. A sufrágio apresenta-se uma única lista, liderada por Raquel Bento. |
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