Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
A caracterização como forma de arte visual
João Alves Correia · quarta, 7 de dezembro de 2016 · Continuado Com a recente adoção de festividades estrangeiras como o Halloween e graças a séries como The Walking Dead, a caracterização começa a aparecer em massa em solo nacional |
Protótipo de zombie em desenvolvimento (foto de Ana Rita Garcia) |
21982 visitas A caracterização é uma vertente dos efeitos especiais que envolve maquilhagem e colocação de adereços e próteses. Muito habitual em thrillers e filmes de ficção científica e terror, auxilia a criar intensidade nos momentos certos de modo a causar espanto, admiração, medo ou impressão aos espetadores. Um exemplo clássico dos primórdios da caracterização encontra-se no filme "Viagem à Lua", de Georges Méliès, no qual é possível ver um rosto caracterizado como se da Lua se tratasse. Do princípio do século até ao presente, as tecnologias de caracterização sofreram e continuam a sofrer revoluções tecnológicas. As grandes produções atuais praticamente desistiram da caracterização física e passaram a utilizar a digital, recorrendo a computadores e software de ponta. Como nem todos os filmes são grandes produções, os mais modestos ainda recorrem a materiais como látex líquido, modelos de gesso, tintas, fantasias, máscaras e ao engenho humano para colmatar a ausência de fundos ilimitados. Embora comece a entrar em desuso, este fator não influencia obrigatoriamente a qualidade final de um trabalho: séries televisivas atuais como The Walking Dead, que utilizam caracterização exclusivamente física, apresentam resultados realistas de alta qualidade. O filme "I'll see you in my dreams", que teve uma grande expressão nas salas de cinema e que é considerado o primeiro filme de terror português, recorreu à caracterização extensa de diversos personagens.
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