Desde a Química até à Física, foram várias as matérias que foram trabalhadas na nona edição do evento “Atividades Científicas na Escola” e que tiveram sempre como pano de fundo a prática da atividade desportiva. O evento, que este ano teve como temática “Aprender com o Desporto”, está integrado na Semana da Ciência e Tecnologia, promovida a nível nacional pelo Centro de Ciência Viva, de 21 a 27 de novembro. Durante uma semana, prevê-se que instituições científicas, universidades ,escolas e museus abram portas para proporcionar ao público oportunidades de observação científica e de contacto com especialistas de diversas áreas do conhecimento.  

De acordo com uma das docentes coordenadoras da atividade, Kelly O´Hara, o objetivo da iniciativa passa por “através da atividade desportiva transmitir conceitos que as crianças trabalham todos os dias, como a matemática, as questões da Química, o corpo humano e conceitos de física. Eles têm que adaptar esses conceitos e aprendem-nos ao mesmo tempo que fazem a atividade física”.

Além disso, a também presidente do Departamento de Ciências do Desporto, acredita que esta é ainda uma forma de desenvolver nos estudantes de primeiro e segundo ciclos competências sociais. “Numa das estações, as crianças têm que comunicar entre si e dar orientações, por isso do ponto de vista das relações humanas também é uma experiência muito positiva”, afiança.   

Tendo em conta a proximidade com a Serra da Estrela, esta também não foi esquecida, já que se despertaram consciências para a importância desta cadeia montanhosa. Ao longo dos três dias em que decorreu a iniciativa, os mais jovens tiveram a possibilidade de assimilar estratégias de sobrevivência, em contexto de montanha.

“O objetivo geral é as crianças estarem preparadas para perceber o contexto e o ambiente da montanha, compreenderem os primeiros socorros que devem aplicar no caso de alguém se magoar na montanha, quais os utensílios que devem levar para este ambiente, questões de sensibilização ambiental, entre outros aspetos”, explica a representante dos estudantes de Ciências do Desporto na coordenação da iniciativa, Betsy Mauricio.

O Conservatório de Música da Covilhã foi uma das instituições de ensino a participar nas diversas atividades, que segundo o diretor pedagógico daquele estabelecimento, funcionam como um incentivo para os alunos consolidarem os vários conteúdos lecionados.“O jogo é essencial para os alunos aprenderem, principalmente os de primeiro ciclo, através destas metodologias mais práticas eles facilmente aprendem e motivam-se muito mais. Eles adoram todas estas atividades, aderem com muita facilidade e têm sempre um desejo de voltar a participar”, salienta Fernando Vasques.

Um desses casos é João Costa, aluno de quarto ano do Conservatório de Música da Covilhã, que revela a sua satisfação por ter participado no evento. “São atividades muito divertidas, aquelas que eu mais gostei foram as que estavam relacionadas com a montanha, como por exemplo aprender a socorrer a criança e a caça ao tesouro. Já aprendi muitas coisas e gosto de fazer desporto porque ficamos mais fortes e com mais saúde”, confessa.

Uma iniciativa com balanço positivo, cujos responsáveis esperam repetir para o próximo ano. Na organização desta atividade, estiveram envolvidos cerca de 50 discentes da UBI, sendo que este ano, pela primeira vez, o Departamento de Ciências do Desporto contou com o apoio da Faculdade de Ciências da Saúde e do Departamento de Química.