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Jornalismo e dispositivos móveis novamente em discussão na UBI
J. Machado dos Santos e Francisco Nascimento · quarta, 30 de novembro de 2016 · @@y8Xxv A 3ª edição do Congresso Internacional JDM reuniu investigadores académicos, profissionais da área e alunos para um diálogo sobre os desafios e possibilidades do presente e do futuro do jornalismo. |
21997 visitas Jornalismo e Dispositivos Móveis (JDM) é o nome do congresso que decorreu nos passados dias 22 e 23 de Novembro no Auditório da Parada da UBI com o objetivo de debater os desafios que esta vertente do jornalismo enfrenta no século XXI. Numa época em que os dispositivos móveis atingem taxas de penetração próximas dos 100 por cento nos países ocidentais, e o jornalismo atravessa um período difícil de adaptação às novas tecnologias, o incentivo à investigação no campo de interseção destas duas áreas foi um dos objetivos centrais do congresso. Durante o evento foi dada especial relevância ao futuro do jornalismo e à necessidade de se explorar melhor a ubiquidade característica dos dispositivos móveis. A prova disso mesmo é o facto dos temas de abertura e encerramento do congresso incidirem sobre esta característica. Com uma plateia praticamente lotada, a sessão de abertura teve como título "Jornalismo Ubíquo" e foi proferida por Ramón Salaverría, diretor do Center for Internet Studies and Digital Life e professor de jornalismo da Universidade de Navarra. O Professor espanhol defende que o jornalismo ubíquo consiste em criar e oferecer conteúdos informativos multissensoriais, produzidos conjuntamente por jornalistas, usuários e sensores que se espalham de acordo com o padrão de consumo de cada indivíduo. Na sessão de encerramento, Eduardo Pellanda, coordenador do laboratório Ubilab e professor da Famecos-PUCRS, voltou ao tema ao falar sobre "O que a ubiquidade nos ensinou?" afirmando que todas as tecnologias foram reinventadas nos últimos dez anos, sendo que muitas delas ainda não foram absorvidas na sua plenitude. Pellanda defende que com a mobilidade a nossa forma de pensar é mais fragmentada, olhando para o crescimento de uma nova internet, a internet das coisas. A tarde do dia 22 trouxe a experiência prática das vantagens e desafios da utilização das novas ferramentas tecnológicas disponíveis através de profissionais da área. Alexandre Brito, subdiretor de Informação da RTP; Diogo Queiroz Andrade, diretor adjunto do jornal "Público"; Rui Ferreira, diretor-editorial do projeto "Future Behind"; e Pedro Monteiro, do grupo "Impresa" formaram a mesa de jornalistas. O evento incluiu ainda cinco mesas de comunicações científicas onde um leque internacional de investigadores explorou diferentes objetos de estudo inseridos em quatro grandes temas definidos pela organização. "Formas de distribuição de conteúdos para dispositivos móveis", "Modelos de negócio para o jornalismo móvel", "Novas linguagens e novos formatos jornalísticos" e "Os dispositivos móveis como ferramentas de produção" foram os temas abordados nas 26 comunicações cientificas. Foram ainda realizados ao longo do evento, três workshops de formação. Rita Paulino, professora de Pós-Graduação em Jornalismo e docente de WebDesign do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina, encarregou-se, ao longo de duas sessões, da formação "Produção de conteúdos para Tablets", abordando a criação de recursos interativos no trabalho jornalístico. Eduardo Pellanda, formou no âmbito da "Criação e Aprendizagem da plataforma App Inventor (MIT) para jornalismo". Pedro Monteiro e Iryna Shev, do Expresso, realizaram o workshop "Vídeo para Dispositivos Móveis". O acontecimento teve uma forte presença na plataforma Twitter, onde atingiu o top dos assuntos mais mencionados em Portugal, logo no primeiro dia, com a tag #JDM2016. Este congresso, que contou com cerca de 200 inscritos, foi o terceiro com o mesmo nome, um evento bienal já realizado na Universidade da Beira Interior em 2012 e 2014. |
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