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Aula aberta debate a importância da inovação na intervenção psicológica com idosos
Carla Sousa · quarta, 23 de novembro de 2016 · @@y8Xxv Rosalinda Chaves, psicóloga e antiga estudante da Universidade da Beira Interior (UBI), foi a responsável por conduzir, no passado dia 18 de novembro, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) a aula aberta “Envelhe (Ser), o psicólogo na intervenção com pessoas idosas-um projeto photovoice”, onde expôs aos alunos o projeto que desenvolveu na instituição onde trabalha e defendeu que a intervenção psicológica com seniores deve assentar, cada vez mais, na criatividade e na inovação. |
Aula aberta decorreu na FCSH no passado dia 18 de novembro |
21984 visitas Ao longo de três meses, Rosalinda Chaves, implementou, junto de alguns idosos da IPSS onde trabalha, um projeto baseado numa metodologia designada de photovoice, onde desafiou os utentes a utilizarem a fotografia como forma de comunicação e, ao mesmo tempo, de potenciação da mudança social. “O projeto que eu desenvolvi foi trabalhar com um grupo de pessoas idosas, onde elas tiveram oportunidade de aprender a usar máquinas fotográficas e a tirar fotografias, mas mais do que isso eles descobriram como usar a fotografia como forma de comunicação”, explica. Assim sendo, através do recurso à fotografia, os seniores foram respondendo aos vários desafios que lhe iam sendo lançados. Fazer o seu auto-retrato e quais as mudanças que introduziriam na comunidade em que estão inseridos foram alguns desses reptos. No final, as suas fotografias deram origem a uma exposição.“As pessoas vão respondendo a determinadas questões, que depois são trabalhadas em grupo a nível emocional, assim é possível investigar e perceber o que é que é importante para as pessoas a nível de bem-estar”, destaca. Um projeto, que de acordo com a também antiga estudante da UBI, se apoia na criatividade para proporcionar mais-valias aos participantes. “Existem inúmeros benefícios em qualquer metodologia que usa a criatividade, eles podem ser a nível cognitivo, emocional e relacional. Além disso, no caso concreto deste projeto, há uma lógica colaborativa onde são as pessoas que nos dizem aquilo que para elas são os problemas e as potencialidades da sua comunidade”, sublinha. Por essa razão, Rosalinda Chaves defende que o trabalho com pessoas idosas exige que os psicólogos sejam “cada vez mais criativos e dinâmicos na intervenção, que não se foquem somente naquela rigidez do trabalho em consultório, do acompanhamento individual, da avaliação e estimulação cognitiva”. A mesma ideia é corroborada pela docente da UBI, Rosa Afonso, que realça que “a intervenção com idosos implica muita inovação, empreendedorismo e criatividade, com os idosos temos que descobrir a melhor forma de chegar a eles, mesmo ao nível das estratégias de intervenção psicológica”. A também organizadora da iniciativa, deseja que este “projeto inovador” possa ser “uma referência para os alunos poderem apostar em ideias criativas no decorrer da sua intervenção com idosos”. A aula aberta foi promovida no âmbito da unidade curricular de Psicogerontologia do Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde, lecionada pela professora Rosa Afonso. |
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