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Livro sobre a história do movimento sindical português é lançado na Covilhã
Yne Manuela Silva · quarta, 23 de novembro de 2016 · Evento ocorreu na Câmara Municipal e contou com a presença de líderes sindicais. |
Arménio Carlos, durante a apresentação. Foto: CMC |
21987 visitas Na tarde de sábado, 19, a Câmara Municipal da Covilhã foi palco da cerimônia de lançamento do segundo volume do livro "Contributos para a história do Movimento Operário e Sindical (1977-1989)". A obra foi construída a partir dos relatos de trabalhadores que participaram das lutas operárias nesse período, considerado um dos mais agitados da história sindical de Portugal. Ao público presente no evento, cerca de 50 pessoas, foram mostrados vídeos e áudios com antigos participantes do movimento sindical, onde eles relatavam as dificuldades vividas na década de 40, que serviu como alicerce para as lutas sindicais que aconteceriam entre os anos 70 e 80, período a que o livro se refere. O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, e do secretário geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), Arménio Carlos, participaram da cerimónia. O presidente da Câmara falou sobre a proximidade existente entre o movimento sindical e o desenvolvimento da cidade da Covilhã. "Costumo dizer que a história da Covilhã e o movimento operário e sindical se confundem ou se sobrepõem nos últimos 150 anos, por uma razão muito simples: porque têm sempre como pano de fundo a eterna dialética entre o trabalho e o capital", afirmou. Já o secretário-geral da CGTP fez questão de exaltar as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores no período de lutas e as estratégias encontradas para unir o movimento. "Foi a partir dos anos 40 que percebemos que teríamos que criar condições de base a partir dos seus locais de trabalho e confrontar as entidades patronais no que diz respeito à exigência de respostas às suas reivindicações. Olhamos para a história do movimento sindical e vemos que ele nasce nos locais de trabalho". Armênio Carlos ainda ressaltou a importância das ações protagonizadas por mulheres trabalhadoras, que segundo ele foram fundamentais para para a conquista de reivindicações do movimento. "O papel que as mulheres tiveram foi extraordinário. Em muitos casos as mulheres foram para as ruas, inclusive a fazer concentrações em frente aos chamados paços dos concelhos, fazendo manifestações em silêncio", contou.
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