Na iniciativa promovida pelo Núcleo de Estudantes de Química (UBIQuímica), em parceria com o Núcleo de Estudantes de Ciências Farmacêuticas (UBIPharma) foram lançadas as bases aos 12 participantes no workshop, para que daqui para a frente possam melhorar o seu desempenho na apresentação dos seus trabalhos científicos.

De acordo com o reconhecido especialista em Ilustração Científica, numa sociedade que tem cada vez mais vontade em saber vários aspetos relacionados com as inovações científicas que podem ser utilizadas em seu benefício, é necessário que também os cientistas e investigadores se adaptem a esta realidade e saibam comunicar, “convenientemente”, ciência.

“É importante transmitir para o público em geral, de uma maneira concisa, precisa e honesta aquilo que foi e vai sendo descoberto. A sociedade de hoje em dia é informada, quer saber o que é que está a acontecer e o que pode ganhar em relação às novas descobertas que estão a ser feitas dentro da área da Saúde, da Biologia, entre muitas outras”, salienta.

Esta exigência de comunicação, leva a que cada vez mais os cientistas e investigadores abandonem uma vida, maioritariamente, passada em laboratórios para interagir com a sociedade, “enfrentando-a e informando-a sobre os avanços científicos que estão a promover”, considera Fernando Correia. Além disso, segundo o também diretor do Laboratório de Ilustração Científica da UA, esta atitude comunicativa pode ser uma “boa” forma de atrair investimento de parceiros não institucionais. “Se soubermos transmitir de maneira correta aquilo que estamos a produzir ou que estamos a criar, com certeza haverá mais pessoas interessadas em investir no nosso trabalho”, defende.

No final do workshop de “Comunicação Científica: Apresentação Visual de Resultados em Posters e Diapositivos”, que teve a duração de seis horas, os formandos reconhecem que se sentem mais aptos para efetuar uma apresentação científica. “Esta formação foi muito produtiva, pois detetei erros que cometia, mas a partir de agora nunca mais os voltarei a fazer”, assume Leonor Ramos, estudante de segundo ciclo em Ciências Biomédicas. Já para Joel Alves, aluno de Mestrado em Bioquímica, este evento foi “uma mais-valia para saber algumas técnicas a utilizar quando for a defesa da dissertação”.

Segundo a vice-presidente da direção do UBIQuímica, Jéssica Ferreira, esta iniciativa foi uma maneira de “dar algumas valências aos estudantes no que diz respeito à apresentação de diapositivos e à postura que têm que ter quando estão a apresentar e a defender um trabalho”. A também aluna do Mestrado em Química Medicinal destaca ainda que “uma pessoa pode fazer e saber muito de ciência, mas saber passar isso ao público requer um certo know-how e é importante conseguirmos fazer transparecer o trabalho que fazemos e expô-lo da melhor maneira”.