Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Manuel Morais honrado em Itália, esquecido em Portugal
Leandra Lícia e Rita Liberato · quarta, 16 de novembro de 2016 · O Museu De Arte Sacra, em conjunto com a câmara, assinalou os 210 anos do nascimento do artista Manuel Morais da Silva Ramos, figura emblemática da cidade da Covilhã. |
Paulo Tavares |
22025 visitas Pelas 21h, do dia 9 de novembro, o Museu de Arte Sacra recebeu a visita de Paulo Tavares, representante da ordem de S. Maurício, inicialmente uma ordem religiosa que se transformou em ordem militar com fins humanitários. Rodeado de arte e história, o público ouviu em silêncio absoluto alguns detalhes sobre a vida do cavaleiro mauriciano, Morais do Convento. Manuel Morais foi o único português a deslocar-se diretamente a Itália para ser condecorado pelo rei, S.M. Vítor Manuel de Saboia, em 1861, recebendo o grau de cavaleiro que, mesmo sendo o último dos graus, não deixa de ter o seu reconhecimento. Paulo Tavares destacou a importância dessa visita tendo em conta que os restantes artistas eram condecorados por correspondência. Nascido na Covilhã, Manuel Morais, mais conhecido por Morais do Convento, dominava várias áreas, tais como a modelação, a escultura, a gravação, a medalhística e a pintura, tendo mesmo sido um dos primeiros pintores da Vista Alegre. Paulo Tavares sugeriu à câmara municipal, representada pelo vereador da cultura, Jorge Torrão, que investigassem mais sobre a vida e obra deste homem, criando uma bolsa de estudo com esse fim. Referiu ainda que “a história serve para criar valor e riqueza”, daí a urgência em tentar encontrar a obra de Manuel Morais na íntegra. Por este ser um homem com tanto prestígio, Paulo Tavares anunciou que, caso seja posta uma lápide no cemitério da cidade, faz questão de a vir descerrar acompanhado pelo príncipe de Itália. O convidado deixou a importante mensagem de que os portugueses devem orgulhar-se e relembrar Morais do Convento, tal como se faz em Itália. “Manuel Morais não era um artistazinho, sabia bem o que retratava”, concluiu.
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