Em declarações ao Urbi et Orbi, o diretor do Teatro das Beiras salienta que mais uma vez a aposta passa por ter uma programação diversificada, de modo a atrair diferentes tipos de público. “O público pode contar com uma programação diversificada e de qualidade. Temos espetáculos para o ensino básico, outros que são dirigidos aos alunos do ensino secundário e depois temos um conjunto de espetáculos dirigidos ao público em geral, que são os espetáculos da noite e aí é uma diversidade muito grande de espetáculos”, destaca Fernando Sena.

O Festival de Teatro da Covilhã conta ainda com a presença de duas companhias espanholas, Teatro Guirigai e Karlik Danza Teatro, que fazem parte do Circuito Ibérico, também integrado pelo Teatro das Beiras e que visa promover “uma maior ligação entre o teatro português e o teatro espanhol”, refere o responsável pelo Teatro das Beiras.

Com um orçamento de 30 mil euros, o responsável pelo Teatro das Beiras considera que esta dotação orçamental é “manifestamente pequena porque nos inibe de fazer algumas atividades que gostaríamos como por exemplo espetáculos de música na abertura e no encerramento do festival, mas enfim são estas verbas que temos e é com elas que temos de construir a programação”. Mesmo apesar destas dificuldades, Fernando Sena espera ter “sala cheia em todos os espetáculos”.

No primeiro dia do festival, em que esteve em cena “Operários da Utopia”, uma produção do Teatro das Beiras que questiona para que serve o teatro e a utopia, inspirando-se em obras de Thomas More, George Orwell e Aldous Huxley e num trabalho de reflexão conjunta levada a cabo com alunos da região, cumpriu-se a vontade de Fernando Sena e o espetáculo esgotou. Um facto que deixa o diretor do Teatro das Beiras “satisfeito porque a abertura do festival é feita com um espetáculo que já não é uma estreia, já foi apresentado aos alunos das escolas secundárias e ao público em geral e foi gratificante verificar que as pessoas aderiram ao espetáculo e que tinham curiosidade em assistir”, assume.

Hoje, dia 9 de novembro, é apresentada a “Ilha do Tesouro”, da Urze Teatro, pelas 11 horas e pelas 14h30. Na quinta-feira, dia 10 de novembro, estará em cena a “Wangari , la niña árbol ”, de Karlik Danza Teatro, às 14h30. Por sua vez, na sexta-feira, 11 de novembro, pelas 14h30 e 21h30 sobe ao palco a Companhia de Teatro de Braga, com a peça “Justiça”. No último dia do evento é a vez da Jangada Teatro, mostrar a peça “A Fera Amansada”, pelas 21h30.   

O preço do bilhete é de seis euros para o púbico em geral, com desconto de 50 por cento para sócios do Teatro das Beiras, maiores de 65 anos e jovens até aos 25 anos. O valor para as escolas é de um euro para o primeiro ciclo e dois euros para o ensino secundário. Todos os espetáculos decorrem no Auditório do Teatro das Beiras.