A tradição do convívio e do amor pela música foi exaltada durante o XIII Festival Académico de Tunas Femininas da Universidade da Beira Interior (FATFUBI). O evento, que ocorreu na noite de sábado, dia 5, contou com a apresentação de seis tunas no Auditório das Sessões Solenes, localizado no Pólo 1 da Universidade da Beira Interior (UBI).

O público pode apreciar a apresentação das quatro tunas a concurso, sendo elas a Real Trovantuna de Setúbal, a Egitúnica – Tuna Feminina do Instituto Politécnico da Guarda, a Adufótuna – Tuna Feminina da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova e a Tafué - Tuna Académica Feminina da Universidade de Évora. O festival contou também com a presença de um grupo da Suíça, a Tuna Helvética, que participou extra concurso como a única tuna mista do FATFUBI.

As apresentações das tunas foram feitas com a temática dos anos 80. Cada show era iniciado com um vídeo, seguido por canções, com solos e instrumentais. O público ainda pode conferir as performances dos Pandeiretas e Porta-Estandarte das tunas.

A organização esteve a cargo do grupo As Moçoilas – Tuna Feminina da UBI. A magister da tuna, Marisa Silva, destaca a tradição criada pela tuna. "O FATFUBI é um evento anual que envolve som e voz. No festival, o público pode conferir um espetaculo, que é resultado de muito trabalho, reflexo do nosso amor pela tuna", explica a responsável.

As Moçoilas também organizaram uma premiação para as tunas concorrentes. A Tafué foi a tuna mais premiada do XIII FATFUBI, ao conquistar os títulos de Melhor Tuna, Melhor Solista e Melhor Pandeireta. A Egitúnica foi votada nas categorias Melhor Instrumental e Melhor Porta-Estandarte. O troféu de Tuna mais Tuna ficou com a Real Trovantuna de Setúbal. A Adufótuna teve a Melhor Passacalles. Os visitantes suíços não ficaram de fora do concurso e receberam o troféu de Tuna Mais Mista.

A tuna é uma tradição presente em Portugal. No entanto, além dos suíços que estavam a participar do evento, o público também era formado por brasileiros. Clarissa Pion, estudante do primeiro ano de Ciências da Comunicação, está em Portugal desde setembro. O festival foi a segunda vez em que Clarissa assistiu a apresentações da tuna, e o primeiro espectáculo de tunas femininas em que participou. "Ver aqueles jovens nas tunas a fazer algo mantido de gerações a gerações foi incrível. É bonito ver a tradição ser preservada e apresentada nos festivais", elogia.

O evento foi finalizado com um After Party, realizado no Leões da Floresta, com o DJ Justice.

Quem tiver interesse em participar de uma tuna feminina, pode entrar para As Moçoilas. Segundo a magister, o grupo tem 25 participantes ativas e segue o lema "uma vez Moçoila, Moçoila para sempre". "Toda gente que esteja inscrita na UBI pode participar da tuna. Os ensaios ocorrem todas as terças e quintas-feiras, às 21h30, no Bar Académico", convida Marisa Silva.