Os participantes no Train vão obter conhecimentos em áreas como a inflamação, biologia do tecido adiposo, carcinogénese, genómica, modelos translacionais da doença, química medicinal e desenvolvimento de fármacos. Segundo a responsável pelo Train na UBI, Sílvia Socorro, este projeto constitui-se como uma mais-valia para os doutorandos. “A vantagem de um aluno de Doutoramento fazer o seu projeto numa networking deste tipo é imensa porque além deles estarem a trabalhar nos seus projetos em concreto, que fazem parte dos objetivos científicos a atingir do projeto, eles recebem ao mesmo tempo formação que vai desde as técnicas e os procedimentos teóricos necessários à base científica até à formação ao nível de como comunicar ciência”, considera.

Para além disso, o programa proporciona a mobilidade dos discentes de Doutoramento entre países, algo que para Sílvia Socorro é também uma vantagem, já que a carreira científica é cada vez mais pautada pelo processo de internacionalização.  

“Acaba por ser uma perspetiva muito interessante, pois implica sempre a deslocação da pessoa para um país que não é o seu país de origem, portanto também já fomenta esse tipo de interação social com outras culturas e outros centros de investigação. Hoje em dia a internacionalização é fundamental às carreiras científicas”, frisa.     

O programa TRAIN tem a coordenação da Universidade de Sheffield, no Reino Unido. É financiado por verbas do Sklodowska-Curie Innovative Training Network (ITN) “TRAIN” (“Tribbles Research and Innovation Network”) e possui um orçamento de 3,8 milhões de euros. O lançamento oficial decorreu no mês de setembro, em Barcelona, onde aconteceu um kick-off meeting.