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Doente do Século XXI em foco no VIII Congresso MedUBI
Carla Sousa · quarta, 2 de novembro de 2016 · UBI A oitava edição do Congresso MedUBI foi dedicada ao doente do século XXI. Durante três dias, de 28 a 30 de outubro, passaram pelo evento, que decorreu na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI), vários especialistas de renome que refletiram sobre as mudanças que estão e que ainda podem vir a ocorrer na área da saúde, nas doenças e nos próprios doentes. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior (MedUBI). |
"O doente do século XXI" foi o tema escolhido para o Congresso |
21994 visitas A presidente da Comissão Organizadora do VIII Congresso MedUBI, justifica a escolha da temática deste ano com as inúmeras alterações que têm vindo a surgir na Medicina e que, por sinal, colocam novos desafios aos profissionais de saúde. “Nós optámos por este tema porque temos um novo panorama com as doenças crónicas, o avanço das tecnologias, um aumento grande da esperança média de vida, que nos traz muitas coisas a que nós não estamos habituados, como a multi-morbilidade e a polifarmacologia, ou seja muitos fármacos numa só pessoa”, explica Maria Inês Matos. Face a estas novas questões que necessitam de “ser abordadas em simultâneo”, tal como refere, o congresso é também um alerta para que, mais do que nunca, a prática clínica seja centrada no doente, do ponto de vista humano. “Com o oitavo congresso MedUBI o que nós pretendemos é que as pessoas parem, olhem para a pessoa, se centrem no doente, passem do modelo Biomédico para um Biopsicossocial, uma abordagem holística da pessoa, e que percebam que se não pararmos e olharmos para o nosso doente não lhe vamos dar nenhuma melhoria”, considera. As sessões plenárias e os Workshops Clínicos fizeram parte do programa do Congresso, que este ano ficou marcado por uma novidade: uma competição científica de posters. Segundo a também estudante de Medicina da UBI, esta nova aposta “permite aos estudantes apresentarem posters e trabalhos que tenham feito e serem reconhecidos porque o Congresso MedUBI já é reconhecido. É uma inovação que nós traz muita felicidade”. Com um total de 210 inscritos, Maria Inês Matos congratula-se “com o facto de termos muita gente de fora, de Faculdades do Porto, de Lisboa, de Coimbra, que se dirigiram à Covilhã de propósito para o nosso congresso. É um dos objetivos que nós temos tentado alcançar e nesse aspeto correspondeu ou até ultrapassou as expectativas”. Na sessão de abertura do evento, também o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS),Luís Taborda Barata, destaca o surgimento de um novo paradigma na Medicina, potenciado pelas novas tecnologias, que contribuem para o nascimento de áreas como a Telemedicina. Sobre o doente do século XXI, o também presidente do VIII Congresso MedUBI frisa “que já não é o mesmo” e que tem que estar “sempre no centro do trabalho médico”. Por sua vez, o diretor do curso de Medicina, Miguel Castelo Branco, sublinha a importância desta iniciativa. “Estes encontros continuam a ser extremamente importantes e não são substituíveis com a tecnologia. São uma forma de atualização rápida de conhecimentos, extremamente importantes no dia-a-dia do médico e de todos aqueles que querem aprender e fazer parte do melhoramento da sociedade”, reforça o também presidente da Comissão Científica do congresso. “A “Nova” Morbilidade”, “O “Novo” Ambiente”, “A “Nova” Idade”, “ “O “Novo” Doente”, “A “Nova Abordagem” ” foram os cinco painéis que constituíram o VIII Congresso MedUBI. O Diretor Geral da Saúde, Francisco George, e o gestor de nutrição e obesidade da Organização Mundial da Saúde (OMS), João Breda, foram alguns dos oradores convidados. |
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