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Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
A mais importante fonte de receita nacional de meados do século XX
João Alves Correia e Vera Matias · quarta, 2 de novembro de 2016 · Continuado A participação indireta de Portugal na Segunda Guerra Mundial através da venda de grandes quantidades de tungsténio (volfrâmio) |
![]() Veio de tungsténio (fotografia de João Alves Correia) |
22030 visitas O tungsténio (ou volfrâmio), elemento de cor negra, é reconhecido pela sua elevada robustez e também pelo seu ponto de fusão, que só é inferior ao do carbono. Graças a estas duas características, é um elemento utilizado na produção de superligas de metais essenciais a indústrias como a petrolífera, aeroespacial, eletrónica e química. Devido às suas propriedades de reforço de metais, é um componente chave na indústria do armamento. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o preço do volfrâmio disparou em flecha, chegando a atingir, em 1942, mil escudos por quilo (cerca de 500 euros à taxa de inflação de 2015). Portugal distanciou-se do conflito bélico alegando "neutralidade", entrando para isso em acordo com o seu mais velho aliado, a Grã-Bretanha. No entanto, nada impediu que Salazar vendesse também à Alemanha grandes quantidades de volfrâmio. Ainda hoje é amplamente utilizado em diversos objetos, desde os de utilização mais quotidiana (lâmpadas) aos mais avançados (foguetões).
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