Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Investigadores da UBI com forte representação em congresso internacional de Ciências da Comunicação
Rafael Mangana · quarta, 26 de outubro de 2016 · @@y8Xxv Sete investigadores do LabCom.IFP – Comunicação, Filosofia e Humanidades, dos quais, três docentes da faculdade de Artes e Letras da UBI, participaram no XII Lusocom, um congresso internacional de Ciências da Comunicação, que decorreu em Cabo Verde, entre os dias 19 e 21 de outubro. Esta foi uma das presenças mais significativas ao nível de Portugal, a par com a Universidade do Minho. |
Joaquim Paulo Serra (ao centro), durante o XII Lusocom / III Mediacom, que decorreu em Cabo Verde |
22003 visitas Joaquim Paulo Serra (presidente e docente da Faculdade de Artes e Letras - FAL da UBI), João Carlos Correia (coordenador científico do LabCom.IFP e docente da FAL) e Anabela Gradim (docente da FAL) foram os docentes da UBI que participaram no evento, para além dos investigadores LabCom.IFP, Gil Ferreira, Hélder Prior, Rafael Mangana e Anabela Félix Mateus, naquela que foi uma das participações mais importantes no XII Lusocom a nível nacional. O Lusocom é a federação das associações lusófonas de Ciências da Comunicação, ou seja, é uma federação que reúne os vários países de expressão portuguesa e que inclui a Galiza. A sua 12ª edição decorreu na cidade da Praia, em Cabo Verde, e contou com a co-organização da Mediacom (Associação Cabo-verdiana de Ciências da Comunicação), tendo sido, também o III Mediacom a realizar-se naquele país. "Portanto, o evento tem o privilégio de permitir trocar investigações feitas nos diversos países, tendo como objetivo último promover a ciência em língua portuguesa num espaço global que é cada vez mais dominado pelo inglês", refere Joaquim Paulo Serra. "É crucial os investigadores portugueses terem o seu próprio espaço de interlocução e de publicação, contribuindo para uma contra-hegemonia no espaço global, que nos parece fundamental", sublinha o presidente da FAL. "Estivemos presentes com sete investigadores, que é uma das presenças mais importantes ao nível de Portugal, a par da Universidade do Minho, e isso também significa que estar presente é ter a possibilidade de se afirmar, de marcar uma posição em termos da investigação que é feita aqui e de abrir caminho, ao nível da investigação e até ao nível do ensino. Porque, quando os investigadores da UBI fazem as suas comunicações neste tipo de congressos, estão a ser observados pelos investigadores e pelos alunos que neles participam, o que se pode traduzir em colaborações futuras na investigação, mas também na captação de alunos dos países de expressão portuguesa", lembra. "Esperemos que agora, com a realização do próximo congresso Lusocom em Moçambique, possamos também abrir aí um caminho que faça acontecer algo de semelhante àquilo que aconteceu em Cabo Verde, onde também tivemos a oportunidade de contactar com profissionais que foram aqui estudantes e que mantêm viva, e muito calorosamente, a ligação com a UBI". De resto, uma ideia corroborada pelo coordenador científico do LabCom.IFP. "Encontrámos antigos alunos em posições profissionais ótimas, provou-se claramente que a Universidade da Beira Interior tem uma presença forte em Cabo Verde e que vale a pena aprofundar essa presença, mesmo ao nível da investigação. Inclusivamente, temos lá um membro do LabCom.IFP, que é o professor Esteves Rei, que leciona na Universidade de Cabo Verde", lembra João Carlos Correia. "Por outro lado, é um prazer colaborar num projeto que, ao fim ao cabo, mostra a juventude de países que têm de fazer um esforço para se afirmarem e, com os quais nós temos muito gosto em colaborar. É importante, também, pela possibilidade de criarmos parcerias, há jovens investigadores que gostam de vir trabalhar para cá, conhecemos pessoas que fazem programas para a RTP África e que gostariam de vir fazer mestrados e doutoramentos connosco, e nós teríamos todo o prazer que isso acontecesse", sublinha o docente e investigador. Quanto ao evento, João Carlos Correia lembra que "já há bastante tempo que vamos aos congressos da Lusocom, mas a questão é que o facto de ser em África, 14 anos depois de se ter realizado o primeiro naquele continente, é altamente significativo para nós, até porque a África lusófona - como, aliás, ficou revelado pelo estudo de campo que fizemos - tem um potencial, a todos os níveis, que queremos continuar a explorar e a desenvolver", garante.
Os investigadores LabCom.IFP no XII Lusocom / III Mediacom No painel do dia 19, subordinado ao tema “Comunicação Política e Meios Digitais”, interveio João Carlos Correia, com uma comunicação intitulada “O lugar do framing na percepção de identidades em sociedades globalizadas: o enquadramento mediático das comunidades lusófonas”. O mesmo painel contou ainda com a comunicação de Gil Ferreira, que apresentou “Novos media e interatividade: novos poderes, mais participação?”. No segundo dia do evento, a sessão plenária subordinada ao tema “Interculturalismo, Comunicação Lusófona e Cooperação” contou com a intervenção de Joaquim Paulo Serra. No mesmo dia, no painel que teve como tema “Narrativas jornalísticas e representações”, Hélder Prior apresentou “A construção narrativa do escândalo político no jornalismo brasileiro: a eclosão da operação Lava Jato nas revistas Veja e Istoé”. No dia 21, o painel “Comunicação: pesquisar, ensinar, publicar” contou com as comunicações de Anabela Gradim (“Culturas em mudança: a publicação científica e o português como língua de ciência”) e de Joaquim Paulo Serra (“Os congressos científicos e a investigação em Ciências da Comunicação no espaço lusófono”). No mesmo dia, mas no painel “Comunicação, género e construções identitárias”, Rafael Mangana apresentou a comunicação intitulada “O enquadramento jornalístico e a construção de identidades: A Europa e os refugiados”. Na mesma sessão, Anabela Félix Mateus expôs “Comunicação e diálogo intercultural nos países da lusofonia”. Ainda no dia 21, Anabela Gradim apresentou “Semiótica e framing: as categorias peirceanas como paradigma unificador dos estudos de enquadramento”, no painel dedicado à “Comunicação e Representações Identitárias”. A docente da Faculdade de Artes e Letras da UBI participou ainda numa sessão especial, sob o tema “Política Científica e Política de Língua – O espaço Lusófono como Espaço de Conhecimento”. Sob o tema “Sociedade da Informação, Redes Culturais e Cibercultura”, a sessão plenária que encerrou o XII Lusocom / III Mediacom contou com a participação de João Carlos Correia. |
Palavras-chave/Tags:
Artigos relacionados:
GeoURBI:
|